ENTREVISTA COM PROFESSOR SANDRO CORREIA, por Sarita Rodrigues
“Esse livro é uma coletânea de artigos com a participação de professores de várias cidades brasileiras.
O meu artigo é fruto da minha tese de doutorado intitulada “celebração da liberdade: candomblé e desenvolvimento humano em Cachoeira, BA”
Vamos agora conhecer um pouco do Professor Sandro Correia, do OCEANO, que terá seu nome incluído como um dos autores no lançamento do livro “Perspectivas Afrodiaspóricas”, que nada mais é do que uma reflexão sobre elementos da Diáspora Africana, sua riqueza e influência em nosso cotidiano, e a partir da página 151, a escrita do capítulo com o título: “As mulheres do Candomblé contra a violência e o racismo pela inserção no desenvolvimento social em Cachoeira, na nossa querida Bahia”, como ele nos conta a seguir:
Sarita Rodrigues: Foi divulgado que seu nome será acrescentado no livro “Perspectivas Afrodiaspóricas”. Em resumo, do que trata esse livro e qual a sua participação nele?
Professor Sandro Correia: Esse livro é uma coletânea de artigos com a participação de professores de várias cidades brasileiras. O meu artigo é fruto da minha tese de doutorado intitulada “celebração da liberdade: candomblé e desenvolvimento humano em Cachoeira, BA”.
Professor Sandro Correia: Um dos organizadores, o professor Paulo da Universidade de Mato Grosso realizou seu estágio pós-doutora, no NEPPINS na UFRB, em que sou Vice-líder. O NEPPINS (Núcleo de pesquisa em negritude, sociedade, território e psicanálise) coordenado pela professora pós-doutora, a psicóloga Regina Marques, funciona na cidade de Santo Antônio de Jesus e dá assistência técnica a várias cidades da Bahia.
Sarita Rodrigues: E onde o senhor mora e ministra seus ensinamentos?
Professor Sandro Correia: Meu endereço na Ilha é em Tairu, no Loteamento Ilha Dourada, rua C, desde 2010, quando eu comprei essa casa. Mas só foi em 2016, o ano em que fui trabalhar no OCEANO, antes eu trabalhava em Salvador, no bairro de São Caetano.
Sarita Rodrigues: O senhor fica trabalhando fixo somente no Centro Estadual de Educação Profissional do Oceano, aqui em Vera Cruz?
Professor Sandro Correia: Não, como eu trabalho 40 horas na UNEB, em Santo Antônio de Jesus, e trabalhava no Colégio Estadual Doutor Luís de Moura Bastos, em Salvador, na Secretaria de Educação, eu, como já tinha essa relação, dentro desse período, essa residência, eu unir o útil ao agradável, e, justamente esse projeto que te falei de educação ambiental, é porque eu gostaria de transformar, ou melhor, associar, que ficasse mais leve o trabalho não é? Você sabe a luta que é trabalhar como professor. Então essa questão de estar em Santo Antônio e ir para Salvador era muito desgastante. Esse foi o principal motivo de vir para cá, para a ilha. Ou seja, foram vários elementos que foram complementando. Eu tinha essa casa, os amigos, eu comecei sempre indo para Berlinque e já trabalhava como professor, já trabalho como professor desde 2000, mas no Estado, não é? Eu já fui professor da Prefeitura de Salvador, no Colégio Pirajá da Silva, no bairro da Liberdade. Como eu nasci no Curuzu, toda minha adolescência foi lá, inclusive eu fundei, fui um dos fundadores da Associação dos Moradores do Curuzu e acabamos por realizar várias questões bem interessantes, não é? Realizamos o primeiro Encontro de Cultura do Curuzu, em torno de 1991, 1994, por aí, e já tem um tempo, sabe Sarita, essas coisas e também depois organizamos a ideia do Corredor Cultural do Curuzu. Então tem coisas que, inclusive, depois eu coordenei uma especialização em 2007, na Faculdade Olga Mettig, a primeira instituição de ensino superior a formar pedagogos no Norte/Nordeste, foi aí que eu entrei na UNEB, em 2006, que da UNEB, eu sou do AfroUneb, que é o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-brasileiros.
Sarita Rodrigues: E aqui na Ilha de Itaparica está sendo proveitoso?
Professor Sandro Correia: Aqui na Ilha justamente foi interessante, tudo aconteceu muito legal, não é? Imagine, eu trabalho perto, eu consigo desenvolver algumas coisas, mas ultimamente eu estou muito mais em Salvador porque minha mãe teve uma grande depressão e já está com 80 anos, então estou muito com ela, mas, na verdade, não é só essa questão, não é Sarita? A velhice, é que a vida está tão corrida minha amiga, que acaba sendo um tratamento para nós também! Está tudo muito corrido, tudo muito rápido. É por isso que estou menos aqui e mais lá no Curuzu e, porque também as aulas estão online, mas aqui na ilha, por exemplo, nós desenvolvemos um projeto SRS do CEEPO (Centro Estadual de Educação Profissional do Oceano), o Sistema de Resíduos Sólidos, que tem uma grande contribuição assim, da diretora do Colégio do Oceano, da professora Ilinalva França. Também tem uma grande contribuição do professor Idenilton, que é o coordenador pedagógico e tem sido assim muito legal está fazendo esse projeto que é um projeto de muita pesquisa, como já teve muitas mudanças assim bem objetivas, minha amiga, ali, por exemplo: os micros empresários de Tairu, praticamente todos estão colocando coletores de sisal e o que a gente agora precisa ver é como esse lixo não vai impactar tanto no meio ambiente, porque imagine, se a prefeitura não tem coleta seletiva, esse lixo todo vai para o lixão do Baiacu, entendeu minha amiga? Então não adianta de nada a gente promover um projeto desses, você já para, e só faz tratamento ali em Tairu, que tem pelo menos o tratamento e a coleta correta, não é mesmo? Embora ainda não estejamos com a coleta realmente correta porque não temos a coleta seletiva, e teremos a próxima etapa, porque parou tudo por causa justamente da pandemia, não é? Finaliza o nosso Professor Sandro com a promessa de grandes vitórias pela frente pela determinação, coragem e muito empenho em tudo o que faz. Conclui.
Esse grande lançamento será realizado terça-feira, 28/09, pelo Canal Rede MT Ubuntu no YouTube e Instagram, e vocês podem assistir clicando:
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Por: Sarita Rodrigues