FÓRUM ILHA DE ITAPARICA

Galeria de Fotos Por Lilia Meireles @fotografaliliameirelles

PRIMEIRO DESTINO TURÍSTICO DO BRASIL

O dia do turismo comemorado em 27 de setembro foi marcado com o 1º Fórum de turismo em Itaparica, realizado no Centro de Convenções do Grande Hotel  SESC, com grande participação de representantes do Ministério do Turismo, Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, Câmara de Turismo da Bahia de Todos os Santos (BTS), Prefeito e Vice Prefeito  do Município de Itaparica, Secretaria Municipal de Promoção Social de Vera Cruz, Secretaria  de Turismo de Itaparica, Secretaria de  Comunicação e Marketing da Câmara de Vera Cruz, dentre outras pessoas notáveis, todos com um mesmo propósito, que é trazer o Turismo para a Ilha de Itaparica em um casamento perfeito entre as duas prefeituras, a de Itaparica com o Prefeito Zezinho, que se fez presente,  e a de Vera Cruz, com Débora Maciel, Diretora de Turismo, representando o Prefeito Marcus Vinícius, que não foi possível comparecer. 

Todos foram recepcionados na entrada com seus nomes de inscrição e também acolhidos nos dois acessos do Centro, pelos Guaranis, os Caboclos de Itaparica, uma das grandes referências da Cultura local que você pode ver um pouco de sua história clicando aqui https://itaparicarevista.com/caboclos-de-itaparica/

Empolgação foi o que não faltou de todos os palestrantes, e vamos contar tudo o que ocorreu em duas partes: A primeira com os palestrantes que participaram na parte da manhã, junto com um expressivo número de público participante, embora estejamos em pandemia. E na parte da tarde com o restante dos conferencistas, tendo o Secretário de Comunicação e Marketing da Câmara de Vereadores de Vera Cruz, Marconi Baraúna dando início ao 1º Fórum de Turismo em Itaparica, recitando informações pertinentes  e relativas ao conteúdo de cada palestrante, bem como a apresentação de todos que presidiram a mesa, além de algumas pessoas que participavam em meio ao público presente, dando alguns destaques. 

Na coordenação da mesa estava presente Luzia Brito, Turismóloga, Guia de Turismo, Professora da Formação Técnica Profissional em Turismo e Agência Tribos Marítima Tour e como debatedor: Ackermann Leal, o chefe de Gabinete IPAC.

Aqui em nossa Revista, realçamos algumas falas que vem agregar bastante valor ao 1º Fórum de Turismo de Itaparica dentre elas, inicializando as palestras, Liliane Leite, Diretora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia com o tema: ITAPARICA E CIDADES HISTÓRICAS COMO DESTINOS PATRIMONIAIS, onde destacou os Patrimônios materiais da Ilha de Itaparica, focando em belíssimas edificações, dando ênfase às Ruínas da Igreja do Baiacu localizada em Vera Cruz/BA, mencionando que recentemente uma experiência riquíssima com um casamento na Igreja, sendo filmada com a Orquestra Sinfônica da Bahia, dentro das ruínas, imagine que beleza, dando visibilidade a esse bem. Liliane Leite é de acordo que esses acontecimentos  têm que se jogar o holofote para poder atrair, lançando algumas perguntas para reflexão do que realmente queremos para  esse destino turístico, sendo aqui o primeiro do Brasil:

  • Que música soa positiva ao nosso olhar?
  • Que música a gente quer tocar para vender o patrimônio?
  • Para que público vender?  É para um público com turismo de massa ou mais seletivo que gere mais renda?
  • Como eu vou conduzir?

Porque também a gente tem que ver a capacidade de carga, argumentou. Liliane Leite diz que são vários elementos que se tem estudado para que eles possam está avaliando, especialmente quando se trata de bem cultural, a força e a responsabilidade que todos têm nesse contexto. Ela afirma que dentro dessas reflexões, a ideia são provocações mesmo e que eles realmente ficam  muito à vontade, percebendo o olhar de cada pessoa presente, esse interesse do público, atentas a tudo ao seu redor,  evidenciando que nós nos comunicamos com o corpo também, esse desejo em fazer o que é o certo. Nos trouxe com um bate papo bem descontraído chamando a atenção em tem que se estar sempre atento à questão da economicidade, a responsabilidade dos recursos públicos, um investimento do setor privado, onde temos alguns desafios e nesse sentido ela  faz uma abordagem para provocar a todos os presentes,  sobre a questão da burocracia da máquina do Estado, ela existe, e como a gente pode dialogar para tirar algumas amarras, para avançar?. Não é no sentido de não ter o cuidado, o zelo, permanece o diálogo, evidencia.  Continua sua fala com mais reflexões que ao seu olhar, o que se  precisa é ajustar os diálogos para não demorar tanto, porque às vezes o ritmo da burocracia é diferente do ritmo do setor empresarial que quer investir também, então os dois precisam dialogar, nem tanto e nem tão pouco, o que precisa é da mediação, onde ela acha que é o grande segredo nesse contexto e todos os países que deram certo no sentido de valorização do patrimônio eles geraram Conselhos, Agências, Câmaras que vão discutir exaustivamente outros assuntos para encontrar as melhores soluções. Então o que ela acha é que ainda não sabe qual vai ser a diretriz daqui, especificamente da Ilha de Itaparica, que vai gerar nesse 1º Fórum de Turismo de Itaparica, se colocando à disposição para ate depois, em outra instância, está trazendo alguns modelos de Gestão que são compartilhadas, alguns modelos de agências, citando ter vários e se pode escolher o que mais se adéqua, ou então, do jeito de como ela viu que somos empreendedores “retados” (risos), vão encontrar um modelo bem próximo daqui, que ela acha que é isso que é bacana, essa construção coletiva que é o destaque para aqui. Lilian Leite finaliza sua fala dizendo que eles estão à disposição de todos depois  com alguns instrumentos, alguns modelos, materiais que eles têm, indicações de leituras também, de pesquisas, já que foram feitas aqui neste território onde muita coisa já foi encontrada e que às vezes nem todos tem  o conhecimento disso, não é? Mas que ela sente que todos estão no caminho certo e parabeniza como também agradece o convite de André Reis (Pelô da Bahia) http://www.centrodeculturas.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12 para estar nesse Fórum de Turismo, junto nessa construção coletiva, Luzia Brito também, colocando  a Instituição IDES, que é o Instituto de Desenvolvimento Sustentável à disposição de todos. Presenteou o Prefeito de Itaparica, com um exemplar do Patrimônio Material e outro do Patrimônio Imaterial que são duas coisas complementares explicando que aqui é importante se fazer alguns registros e publicações sobre a história de Itaparica, salientando que tem muito poucas publicações finalizadas em textos e acha importante ter essa agenda intensa durante o dia para aprender muito com todos, enriquecendo muito sua vivência e  agradece a oportunidade com sua participação.

Já Avani Duran, da Câmara Empresarial do Turismo, ficou com o tema: COMO A ILHA DE ITAPARICA CONTRIBUI COM A VISITAÇÃO TURÍSTICA NO BRASIL e iniciou dizendo que Itaparica tem o privilégio de ter uma marca construída de forma centenária. Então, frisa bem, que quando falamos da invasão holandesa, já tivemos oportunidade de estarmos em arquivos em todas as histórias da Europa. Itaparica já figurava como marca. Tivemos outros fatos históricos, mas nos contou que não ia falar da história, apesar de ser historiadora também, mas o momento dela ali era empresarial. Continua dizendo que tivemos outros momentos importantes que nos trouxeram a marca, a marca Itaparica e que foi na nossa grande conquista com os portugueses, no desbravamento naquele momento dos 7 de janeiro de 1823, onde Portugal obrigatoriamente teve que citar Itaparica em tudo o que escreveu. Então Itaparica foi a marca construída, há centenas, ela diz está falando em uma marca centenária, então essa marca, é essa que nos ajuda, é essa que nos acompanha, foi a marca construída, torna a repetir, a partir da história, mas foi a marca conquistada a partir dos empresários que acreditaram no porque que Itaparica aconteceu, ótimo, aconteceu! Os índios moravam aqui? Sim! Mas falamos de quê? Investimento de turismo de como o negócio turístico começou a realmente ser aproveitado e vivido. Em 1973 a sua empresa foi fundada e o visionário, o seu antigo sócio proprietário, resolveu mandar construir umas escunas lá no Rio de Janeiro e trazer para aqui, pronto! Todo mundo achou que era uma loucura. Vai trazer escuna para fazer o quê? Isso foi em 1973, daí começaram os passeios pelas ilhas, ela estava falando de embarcações mais elementares, estava falando dos saveiros deles bem como as suas histórias, é a cultura náutica dessa Baía, ela continua falando dessas embarcações que saiam dali do terminal em frente à Conceição da praia e vinham para Itaparica. Qual era o roteiro? Passavam ao lado para mostrar a Ilha do Medo e depois iam parar na praia de Itaparica. Foram momentos de grande esplendor, confessa. Do glamour dos navios, do veraneio das famílias tradicionais da Bahia, toda nobreza, aquelas pessoas que tinham realmente valores monetários, grandes empresários, era o glamour e isso se multiplicava em Itaparica e olha a marca outra vez, marca na mão de quem poderia multiplicar que é o que nos interessa, nós precisamos ter nossos destinos conhecidos e multiplicado, decreta. Então é a época do veraneio onde aquelas famílias conversavam com seus parentes, divulgavam. Tínhamos aquela beleza dos navios apitando na ponte, realmente um esplendor, Itaparica era o esplendor e isso ficou na memória e essa memória foi a que tem nos dado através dos tempos essa possibilidade de manter Itaparica como um peixinho muito importante. Avisou a todos logo para que ficassem mais felizes, é o tour mais vendido de Salvador, quem vem para a Bahia o tour que é mais comprado é para a Ilha de Itaparica. Ele vem com um programinha vendido de fora, do exterior, lá eles têm um breve tour na Cidade Histórica, mas a preferência é Itaparica. Nós continuamos na preferência sim, Itaparica continua na preferência e o que eles querem é fazer acontecer o aumento dos negócios, o que querem é mais empresário investindo e tendo resultados. É isso que estavam no Fórum para fazer e estão dispostos a fazer, disse que sua atividade é essa, sua atitude é essa como realmente Diretora da Federação do Comércio, então foram seguindo e as coisas foram se aprimorando, as embarcações ficaram mais adequadas para o turismo e mais uma vez continua sendo o tour mais vendido. Continua sim! É uma atividade turística, e que todos nós sabemos. Ela naquele momento também não ia dar aula de turismo, mas só lembrou a todos que eles abraçam 54 atividades, portanto 54 tipos de atividades são beneficiados com o turismo: O rapaz que vende o ticket lá, o outro que vende a lembrancinha, o restaurante, a escuna, o rapaz que toca o samba, toca música dentro da escuna, o marinheiro que tem o seu emprego, não dá pra ficar mencionando cada uma dessas atividades, como ela mesma disse, então é um negócio, o turismo é a segunda atividade do mundo e é no que ela acredita, ela só perde para a América, então não é possível que a gente não tenha essa consciência? Tem! Só que o Brasil não explora e não entendeu, não está com vontade de entender, por quê? Avani Duran citou algumas coisas, uma delas é que não é partidária, mas falou aos senhores presentes  que em sua  vida profissional, desde 1973 que ela só ouve os políticos fazerem um discurso político, mas vontade política, zero. Não tem dinheiro, não sei o quê, e porquê não sei o quê, que vai botar fulano que não sabe nada para poder dirigir o turismo, nunca foi vontade política, quando ela vê alguém que pode agregar valor a esses quesitos, comenta: o senhor me permita querer sentar aqui na mesa querendo dizer que vai fazer alguma coisa ou que quer fazer, isso para nós é de uma importância extrema porque todos são beneficiados, não é empresário só que ganha não, o governo ganha também, ele recebe imposto, então não está fazendo favor a ninguém, o governo está usando o dinheiro que o público paga e está devolvendo com turismo para receber mais pra frente. O nome disso é investimento, não é gastar, gastar a gente tira do bolso e não entra, isso é investimento, e investimento você volta e busca. Então o que é que eles estão fazendo? Aproveitando daqueles que realmente querem entender o turismo como negócio. Ela frisa bem que o empresário precisa do apoio, do incentivo na hora certa, ele não quer pedir dinheiro, o empresário não tem essa forma de viver, ele quer que o negócio dele tenha renda, aconteça. Ele quer oferecer emprego e renda, é isso que o empresário quer e transmitiu com bastante propriedade para todos os presentes neste Fórum. Agora ela vai falar das opções do produto Itaparica. Disse que achou muito interessante todas as falas, mas pensa que os senhores ainda não descobriram é que se tem que trabalhar juntos, e que esses dois municípios, Itaparica e Vera Cruz, já trabalharam juntos, já tiveram permanência, já tiveram sucesso, e ela pode dizer isso a todos com a certeza absoluta, e que de 1983 a 1991 a sua empresa que foi ser pioneira, inovando com o lançamento de um charter na Argentina que tinha um programa que eram sete noites na Bahia, comenta que ela tinha quatro noites em Itaparica, e três em Salvador, se hospedou no Hotel Galeão Sacramento que era dirigido por Wilson Andrade, no Casarão da Ilha e no Hotel Icaraí onde parava o navio. Irani deixa bem claro que os apartamentos eram todos ocupados, e esses hóspedes ficavam na Ilha e não tinha distinção se em Vera Cruz ou Itaparica porque isso não interessava, e o que ela queria dizer com isso é que o empresário quer vender o produto que seja bem aceito e os clientes saíam com uma impressão maravilhosa, nunca tiveram uma queixa, eles ficavam sentados na praia fazendo serestas e achavam isso maravilhoso, não tinha píer não, o marinheiro ficava esperando a maré baixar, todo mundo sentadinho dentro do barco, sem reclamar, achando linda a experiência, dizendo a frase que hoje se usa muito: Que delicia! Nós já oferecíamos experiência há muito tempo, há muito tempo mesmo. Na hora que a maré baixava todos saiam do barquinho com a água no joelho e o marinheiro levava as malas na cabeça e todos iam felizes e satisfeitos. Gente, isso realmente vocês, vocês não, nós, ela se inclui também, nós precisamos só dar força no que a gente já sabe que dá certo, nós já sabemos que dá certo, não tem que fazer experiência mais não, dá certo, deu certo, então viver isso que ela viveu, continua dizendo a todos, que ela é a história viva. Então chama a todos para  dar um empurrão naquilo que dá certo. Itaparica é nome, não adianta. Passamos por várias situações? Sim! Ela acompanhou todas. Tivemos o problema pela especulação imobiliária que degredou a ilha, as saídas dos navios que eram o glamour, que era uma coisa romântica, o Grande Hotel que tinha um Cassino, e vinha gente pra cá do mundo inteiro, alugava escuna, o nome Itaparica, olha a marca outra vez, a marca lá, sendo lida. Falou também da água de Itaparica, da nossa Fonte da Bica que é uma estação de águas minerais, as famílias vinham passar 21 dias aqui, inclusive ela se hospedava na frente da casa do nosso querido professor João Ubaldo, que ficava sentadinho embaixo daquela árvore e que foi outro que também muito nos ajudaram, os artigos de João Ubaldo falava quase que diariamente de Itaparica. Muitos aplausos foram ouvidos após o nome de João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, um grande escritor de Itaparica, ter sido mencionado por ela.

Fechando também sua fala, ela disse que veio para o 1º Fórum de Turismo de Itaparica com o tema que era para falar da história e a marca e mostrou que a marca existiu e existe e se coloca à disposição também, mesmo porque vão ter que colaborar com os empresários, que eles tem acordo com o Banco do Nordeste, acordo com o SEBRAE, com o SENAC  para ajudar a quem precisa e não seria no Fórum que eles iam fechar esse pacto. Conclui dizendo que temos um destino com vários produtos, então Itaparica oferece: praias paradisíacas oferece história, porque ela tem toda sua história para contar, ela oferece também a possibilidade de mergulhos com uma fauna realmente invejável e pediu para terminar sua fala dizendo que o destino Itaparica, oferecem 4 produtos que são do gosto internacional. Parabenizou a equipe organizadora, os empresários que acreditaram antes e durante com essa pandemia sem jamais deixar de trabalhar. 

O manguezal na pessoa de Luizinho, também agradeceu o pioneirismo e não sabia que era o prefeito, só tinha o nome que era Zezinho, mas que já havia conversado com ele antes, na Politur, que foi o primeiro que abraçou a sua ideia, de que chegando ali o passageiro poderia ir para Itaparica, contratando um ônibus e dizendo os lugares que iam percorrer, fazendo essa parceria. Avani Duran também agradeceu a sua empresa e do seu filho, se referindo ao orgulho de ver que o mesmo coloca a sua vida, todo o seu empenho e investimento, sendo que ele reinveste na Ilha de Itaparica, nessas suas embarcações, trabalhando de verão a verão, de dia e no fim da tarde,  acreditando e amando essa ilha e querendo cada vez mais trazer a melhoria do transporte náutico. Esqueceu-se de falar do Mediterrane, mas falou que foi outra entidade que marcou na época citada em sua palestra e parabenizou a esses empresários que estiveram na Ilha de Itaparica, que acreditaram e fizeram acontecer. Itaparica é o primeiro destino, será e sempre vai acontecer, é o tour mais vendido que existe, reafirmou, completando em grande estilo.

Destacamos aqui também o veranista desde os seis anos de idade, Marcelo Fróes,que nos conta que vinha para cá com os pais e o avô, não em Itaparica, mas no Jaburu, em Vera Cruz, onde passou uma infância e adolescência maravilhosa e é algo que leva na memória do coração para toda vida. E voltar ao lugar onde tem registros muitos felizes, é uma honra.  Segue falando que Itaparica também fez parte de sua vida, naquela época era água de cisterna, não tinha água para beber, não havia água encanada, ou se comprava nos burros que vendiam água, ou ia para Itaparica encher os galões na Fonte da Bica, então tudo isso passou a fazer parte da sua vida, de sua memória emocional de uma maneira muito forte e agradece ao convite de Luzia, se sente feliz por ter encontrado a figura André Reis, como se referiu, dizendo que o mesmo tem o toque de Midas, onde esse homem passa, transforma em ouro, também citou o amigo Baraúna, que teve a oportunidade de conversar, falando  do seu PROGRAMA A BORDO, com seus 13 anos levando a Náutica, Turismo e Meio Ambiente para perto de todos, onde nós da Itaparica Revista, disponibilizamos aqui para que vocês conheçam acessando WWW.metro1.com.br , não podendo deixar de informar que Marcelo Fróes declarou que é uma de suas paixões e também que aprendeu a velejar aqui na Ilha de Itaparica, na praia do Duro, Jaburu, dentro daquela cerca de pedra, tinha um monotipo, que mostrou a todos os presentes  em vídeo, e essa coisa da náutica foi muito importante na vida dele, a ponto de se tornar um empresário desse segmento.  Recebeu o convite para palestrar nesse 1º Fórum da Ilha de Itaparica para falar das PERSPECTIVAS DO TURISMO NÁUTICO NA ILHA DE ITAPARICA, se recusando a falar do ano de 2020, pois foi muito ruim para o segmento do turismo, todos sabem disso, mas percebe que 2021 segue fluindo, tanto é que todos estavam reunidos nesse Fórum, e que está acontecendo. Argumentou que sente que em 2022 vai que vai com força, porque nesse segmento do turismo, sobretudo no segmento dele, o náutico, está indo bem, é a impressão que ele tem. Mostrou em vídeo um mapa da Baía de Todos os Santos onde Itaparica se mostra geograficamente bem localizada, não só do ponto de vista frontal, como com uma conexão com os continentes atuais. Pela sua ótica, na perspectiva náutica a Ilha de Itaparica se divide em duas partes, esquecendo essa parte territorial onde 20 % pertencem a Itaparica e os outros 80 % a Vera Cruz, essas duas partes que citou como perspectiva náutica, diz respeito a Itaparica na parte frontal pegando de Itaparica até Caixa Pregos, a parte que vai para Salvador,e a outra é a parte da Contra Costa, que é o inverso, a gente sai de Caixa Pregos percorrendo por trás a ilha até Itaparica. Mostrou que eles dividiram a ilha com parte frontal, já citada e a parte da Contra Costa do ponto de vista da Náutica e diz que o primeiro passo foi dividir essas partes sobre as perspectivas náuticas, e após isso salientou uma ligação muito importante que é o turismo náutico e esporte náutico alegando que a Ilha de Itaparica além de ter uma raríssima beleza natural, ela tem uma vocação também natural para a prática de esportes náuticos e ele acha que com isso os esportes náuticos têm que sempre andar de mãos dadas, uma coisa tem que está atrelada a outra. Itaparica tem características muito específicas quando o assunto é Turismo Náutico e quando é Esporte Náutico. Citou quanta coisa a ilha reúne, quantas qualidades ela tem:

  •  Boa temperatura da água;
  •  Ventos constantes;
  • Excelente visibilidade da água para esportes subaquáticos e
  •  Águas abrigadas

O que ele disse chamar águas abrigadas não é alto mar, não é o litoral norte de Salvador, por exemplo, como ele mesmo diz onde você olha de Itaparica, você vê terra em sua volta, então isso que se chama de águas abrigadas, e complementa que como todos sabem, a Baía de Todos os Santos tem além da Ilha de Itaparica, mais 56 ilhas ao todo e geografia náutica diversa, ou seja, a ilha ela tem, é como se a gente pegasse a Bahia e você tem, por exemplo, uma parte de litoral da Bahia com muito calor e a parte da Chapada Diamantina, então são turismos diferentes, da mesma forma acontece aqui na Ilha de Itaparica, você tem locais específicos para determinadas práticas de esportes náuticos, citou aquela parte de cerca de pedra em Mar Grande como um excelente local para mergulho, sobretudo na parte mais baixa, aquela parte da frente de Itaparica, também é excelente para esportes náuticos de Iatismo, canoagem, stand up e se fosse enumerar levaria tempo, então é muito diversa, a ilha é muito recortada em termo de espaços que podem ser utilizados para cada tipo ou vários tipos de esportes náuticos, além do quê, as praias têm fácil acesso tanto pelo mar como por terra, você pode chegar tanto pela parte frontal, como pela Contra Costa. Então ele conclui que em Itaparica os esportes náuticos são, podem e devem ser praticados. 

Dando continuidade, chegou à parte para falar do Iatismo, mostrou um veleiro do oceano chamado Odara, é um catamarã, tem dois cascos, um dos grandes campeões na Regata da Baía de Todos os Santos, pertencente ao comandante Nelito Tabuada, do Saveiro Clube da Bahia, para que se tenha ideia, todo o barco que chega primeiro em uma regata chama-se “Fita Azul”, e esse barco tem mais de 200 fitas azuis, é uma das grandes referências que se tem aqui em Regatas. 

Continuou mostrando nos slides que há vários tipos de veleiros na Ilha de Itaparica, uns com maior porte e outros menores e temos os logotipos que são os barcos menores: Dingue, Laser, Robiquet, e ele se refere ao Veleiro Laser que é o usado por Robert Scheidt que compete nas olimpíadas e são barcos que chegam e que saem fácil de uma praia. Como ele diz, a pessoa chega com um deles em cima de um carro, em uma carreta e monta ele na beira da praia, então é uma grande possibilidade de fazer vários eventos com esses tipos de embarcação, como também com muitos tipos de barcos e como já havia dito e torna a repetir para que todos compreendam, a ilha é muito recortada em termo de espaços, a parte frontal da Ilha de Itaparica como ele citou como exemplo é ideal para esse tipo de barco, ele vê nesses espaços, o mar menos profundo para se chegar e tem toda aquela cerca de pedra, que dificulta a chegada desses barcos, mas em compensação ele diz que temos a Contra Costa com grande profundidade que contempla esses barcos, tanto é que uma das maiores marinas que a gente tem aqui na Baía de Todos os Santos está em Itaparica e está sendo reformada, duplicada, e é um dos xodós do navegador, tanto de veleiros, como de lanchas e temos agora a Marina de Caixa Pregos que contempla Vera Cruz na outra extremidade que também recebe a chegada de barcos de calado, ele explica para quem não sabe que calado é aquela parte que fica embaixo do barco, você tem uma linha d’água, e dessa linha para baixo se chama calado, então tem barco por aí que precisam de três linhas de calado para não encalhar, então se você tem uma profundidade pequena, os barcos não passam e ficam encalhados, então tem que ter realmente uma profundidade maior. Muito bacana essas explicações. 

Dando continuidade, Marcelo Fróes mostra mais algumas Regatas e que aqui já tivemos competição sul americana ou foi brasileiro de monotipos, não recorda direito, mas que foi avaliada como uma das melhores raias para Regatas no mundo, e levou ao público uma reflexão da importância que é esses tipos de competição e citou uma mensagem do velejador Lars Grael que é um dos melhores velejadores e que sempre os prestigia nas Regatas de Maragogipe, que diz o seguinte: “A Baía de Todos os Santos é um dos melhores locais do mundo para se velejar, se não o melhor”. Isso também deixou claro por causa de todas as características que ele já mencionou tipo as águas abrigadas, temperatura da água, etc, etc, além de uma infinidade de ilhas para serem visitadas. 

Fróes trouxe também para falar sobre duas modalidades que também se encaixa nos monotipos e é de facílimo transporte e pode compreender toda a Ilha de Itaparica com eventos Náuticos que é o Windsurf e o Windfoiling, que tem uma asa embaixo na água e quando pega o vento ele sobe, então ele diminui o atrito, ganha mais velocidade e sobe, e está crescendo muito. Mostrou grandes eventos de Windsurf como o Brasileiro de Windsurf realizado na Ilha de Bom Jesus dos Passos, se referindo ao grande amigo Alexandre Lessa que também é um dos grandes nomes dessa modalidade na Bahia. Em cima desses relatos, ele lança perguntas diante de tudo o que veio discursando:

  • E porque não Itaparica, ou seja, a ilha, não sediar eventos com os monotipos?
  • Não sediar grandes eventos de veleiros de oceano, não só nacional como também realizados e incentivados pelas pratas da casa?

Falou sobre o Saveiro Vela de Içar, afirmando que tem história, foi ele que construiu boa parte do Recôncavo da Bahia, através de materiais de construção, trouxe muito alimento e muito artesanato para atender a Feira de São Joaquim e várias outras localidades. Fez um breve comentário que para que todos tenham ideia, na década de 30, 40 se tinha cerca de 1200 saveiros aqui na Baía de Todos os Santos, hoje, Saveiros de Vela de Içar só tem 15, apenas porque algumas pessoas da Associação Viva Saveiros se cotizaram empresários e bancaram reformas de saveiros que estavam se acabando, pegaram esses saveiros, reformaram e deram de volta aos mestres saveiristas para que fosse possível manter viva a tradição desses saveiros. Citou outro exemplo de Regata de saveiros que é a João das Botas, afirma que já teve mais pujança, já foi uma grande regata, mas conclui que o segmento dos saveiros eles envolvem muito investimentos por parte de mestres saveiristas que muitas vezes tem poucos recursos para investir em embarcações, então há a necessidade de que seja mais convidativa e infelizmente os patrocínios têm sido poucos e não permitem que essas premiações sejam mais convidativas para atrair mais os saveiristas, lamenta, mas diz que com certeza ainda é um dos grandes eventos que a gente tem na Bahia de Todos os Santos e acontece também ali na Praia do Porto da Barra. Daí ele lança novamente a pergunta: É possível a Ilha de Itaparica sediar um evento assim? E ele mesmo responde que é claro que sim e qual o motivo de deixar para Salvador se na ilha tem possibilidade geográfica, cultural e histórica do saveiro para isso? E de uma forma bem descontraída, Marcelo Fróes mostra uma Regata de saveiros Vela de Pena onde ele muda o contorno da vela, e os poucos saveiros que temos tem duas velas, mostrando a quantidade de saveirista que tem competindo para fazer o contrapeso, informando para quem não conhece que é o famoso barandá, e explica que você tem uma corda que prende em uma parte dos equipamentos e você literalmente se pendura para fazer o contrapeso, ou seja, no bom baianês, eu completando essa fala de forma também descontraída e aproveitando para mostrar que baiano, como alguns nativos, falam trocando o pendurar por “empindurar” que quer dizer a mesma coisa que Marcelo Fróes mostrou nos slides, suspender em cima de modo que não toque no chão, que vocês podem saber mais clicando: HTTPS://dicionario.priberam.org/pendurar,  mas dando prosseguimento a fala de Marcelo, tem a profissão mais ingrata de todas que ele se referiu ser a do cunheiro, que é aquele que não vê nada nas competições, é o que fica sempre de cabeça baixa, recebendo esporro (na gíria significa levar bronca): tira a água! Tira a água! Para que tire a água de dentro do barco, chega ao final o mais cansado de todos e é o que menos tem valor, brincou. Mas deu um aviso de quando alguém chamar para uma Regata dessas, você pergunta logo se é para ser cunheiro e vocês já pensam duas vezes (risos), mas diz que tudo é importante e se um cunheiro não fizer o seu trabalho a embarcação vai para o fundo, então cada um tem sua parte e chama a atenção dos senhores Prefeitos de Itaparica e de Vera Cruz esse evento acontece todo ano e eles precisam de apoio deles e que a gente tem que acabar com esse negócio de cunha na mão, os prefeitos tem que enxergar como Avani Duran falou que é investimento, não é uma simples competição não, isso é turismo náutico e vocês não imaginam o quanto isso movimenta de visibilidade, o quanto isso atrai, quando bem vendido, o turista para vivenciar esse tipo de experiência. Você trazer pessoas de fora, do Brasil, até o baiano, para navegar em uma embarcação dessas, pra sentir a cultura do saveiro, isso é importantíssimo, é preciso que vocês enxerguem isso como investimento. Citou o amigo Ricardo, com a Regata de novembro desse ano de 2021 a março de 2022 não teve e não está tendo apoio até agora, fica catando aqui, pegando patrocínio de um e de outro, vamos ser justos, ressaltou, que os comerciantes locais que ajudam porque vários eventos desses acontecem em cada localidade dessas, um em Barra Grande, outros em Caixa Pregos e Jaguaripe e por aí vai, batendo na porta de um e de outro pedindo umas camisas, me dê aqui e aquilo outro, pague aqui um combustível que a gente usa para transportar o barco. 

Aí agora eu mais uma vez interfiro nas alegações do Marcelo e pergunto? Pode isso Produção? Duas Prefeituras que em conjunto tem tudo para trazer de uma vez por todas o Turismo na Ilha de Itaparica, o que falta? 

Mas vamos voltar à fala de Marcelo Fróes que disse que os prefeitos têm que enxergar isso, novamente frisando, como um investimento, como identidade da terra deles, da nossa terra. Além de ter um minuto de silêncio no começo do Fórum, Marcelo Fróes disse não poder falar em saveiro sem deixar de homenagear essa grande figura, o mestre Abelhinha, Edson Saldanha, que conheceu muito bem, foi apresentado por seu pai, e falou que teve muito oportunidade de estar com ele, sobretudo na Regata João das Botas onde ele sempre estava à frente nessa parte técnica, o amigo Milu e tantos outros. Falou de uma coisa bem interessante e que todos sabem que existem várias Associações de Saveiros que tem as fichas, tem que se jogar bem limpo, fulaninho que não fala como o outro que é do partido tal, não sei quem que falou que a vizinha dele é isso, tem isso. Eu volto antes da fala de Marcelo para dizer que são fofocas de bastidores que só atrasam lado, mas Marcelo diz que é preciso deixar isso de lado e focar o que é importante, que é o evento em si e Abelhinha, como ele falou, fazia isso muito bem e tem um orgulho muito grande em ter deixado esse legado, em ter sido considerado um amigo dele. Foi nostálgico, bem merecido por ser Abelhinha uma grande figura inesquecível para todos em toda a Ilha de Itaparica.  Prosseguiu falando das Canoas a Vela que é outra tradicionalíssima competição que acontece muito na Contracosta da Ilha, e fez a pergunta do porque que não acontece na frente da Ilha? Aí explica que geralmente o mar na parte frontal da ilha tem uma certa ondulação, sobretudo oscilações de maré, na Contra Costa não, o vento vira  piscina, então ele fala que isso acontece muito na contra costa, entrando inclusive no rio Paraguaçu, mas tem muita coisa aqui nas ilhas, ressalta, em Matarandiba, Mutá, Jiribatuba, essa região toda é o ponto da galera da canoa que também tem barandá e que também tem cunheiro, esse daí mais que nunca, que se não trabalhar a canoa desce rapidinho, não é? Perguntou.

Marcelo Fróes em toda sua fala fez uma conexão com o esporte náutico fortíssimo com o Turismo náutico, falando também do esporte motonáutica que seria as lanchas, Jet Sky. Deu sugestão de um evento que acontece em Salvador de motonáutica com Jet Sky que na ilha de Itaparica seria fantástico fazer um evento de dar uma volta na ilha, lembrando que quem participa de um evento desses vai procurar onde dormir, se alimentar porque não se dorme em Jet Sky e tem que se ter visão nisso também, ou fazer algo na parte frontal para embarcações menores, ou também fazer na parte da Contra Costa para lanchas também, deu outra ideia de um rali náutico que seria fantástico, mesmo porque diz que mobiliza quem tem alto poder aquisitivo uma vez que um investimento em lanchas é alto, fora a manutenção com combustíveis, etc, e quem tem um barco desse reconhece que tem dinheiro para gastar, para investir, tem dinheiro para parar aqui na Marina de Itaparica ou de Caixa Pregos e passar duas ou três noites, se hospedando, passeando pela região, então ele conclui que é um potencial muito grande. Finalizando sua fala frisou o Jets Salinas que acontece todo ano e lotou a cidade toda com hospedagem e o que acontece se contrata seguranças para tomar conta dos Jets Sky e eles vão fazer os roteiros turísticos, conhecer a cidade e quando tem esse evento, se esgota tudo o que vocês possam imaginar, de bebidas, de comidas, fizemos uma alusão de que essas pessoas desses eventos são uns verdadeiros gafanhotos, mas gafanhotos do bem, no sentido do comércio local. Marcelo Fróes pede que percebam o retorno que o comércio teve com o investimento que de repente a Prefeitura não fez, ou se fez ou fizer, o retorno é certo e não é um investimento muito grande não, é uma estrutura de receptivo com alimentação subsidiada, uma sonorização no palco para a premiação, e por aí vai. Tem muito roteiro para o turismo náutico, como em Mutá, Matarandiba, Catu, sem deixar de falar na Ponte do Funil, sempre observando a altura dos mastros por conta dos gabaritos. Falou também do Kitesurf, sempre no litoral norte, pediu para observarem que temos potencial para tudo isso. Tem também como falou o Stand Up Paddle, surf, mergulho, fazer seminários sobre naufrágios, por exemplo, aconteceu na ilha uma vez só e nunca mais, isso pode atrair muito turistas, segundo seu raciocínio. Outro evento que se pode fazer sempre é a limpeza do fundo do mar, ele diz que foge um pouco do contexto tradicional, mas é importante, pois dá visibilidade, mostrou também outra ideia através do afundamento do ferry boat, Agenor Gordilho que foi programado, lançou a opinião de que na Ilha de Itaparica quem sabe não se pode fazer isso com embarcações menores, e acha que é uma forma de se tá dando uma mexida psicológica de uma embarcação pequena que afundou e virou um recife natural oferecendo mergulhos, isso vale a pena, é o que acha. 

Outra coisa que mencionou são as festas náuticas que já acontece, falou da lavagem da Coroa do Limo, na Ilha de Itaparica mostrando a quantidade de barcos que participam e todo verão acontece isso, imaginando o quanto isso não mobiliza na economia e o quanto a prefeitura poderia apoiar mais ainda um evento desses, para cada ano trazer mais gente e lotar a rede hoteleira daqui, restaurantes e tudo o mais. Deu ênfase a um evento que eles estão lançando que diz respeito às Marinas da Ilha de Itaparica com a ideia de se trazer uma grande quantidade de velejadores para participar desse evento, tanto na Marina de Itaparica quanto na Marina de Vera Cruz, assim que as coisas já estiverem andando. 

Ele falou de Mutá e Jaguaripe, dizendo não pertencer a Itaparica, mas é um ponto de apoio importante que se tem na Contra Costa, citou os atracadouros, não fazem parte, mas é importante, ressaltou. Prosseguiu falando no que se refere às Marinas, tem uma excelente estrutura para receptivo com diversos atrativos, e ambos oferecerão serviços essenciais para o navegador. No quesito Posto de Combustível ele nos conta o quanto um Posto de combustível é importante devido ao turista ficar mais tempo no mar, a autonomia da embarcação dele aumenta e ao invés dele voltar no mesmo dia por não ter combustível, ele fica dois, três dias no mar porque tem onde abastecer e diz que podem ter certeza que Itaparica e Caixa Pregos terá uma procura absurda por causa dessa questão do combustível e com certeza vai ter uma permanência maior do turista fazendo gerar vários pacotes e conclui que a Contra Costa é pouquíssimo explorada. Lembrou-se do pôr do sol em Caixa Pregos, como o de Itaparica também que é referência sendo uma região com muita coisa boa para ser vista e explorada. Se referiu a Praia de Ponta de Areia como sendo uma parada obrigatória do navegador náutico, mas nada é tão bom que não possa ser melhorado e nessa praia aportam escunas, lanchas e veleiros e sempre por lá tem esse movimento. Sugeriu um que se fizesse um diferencial com embarque e desembarque gratuito para essa galera que chega? Ele não sabe qual o investimento, mas pode ser estudado e que a partir do momento em que o turista náutico chega e sabe que ali vai ter um barquinho para levar e trazer para a praia. Acredita que vai chover barco aqui, pois nem todo mundo quer trazer seu caiaque, ou outro meio de transporte marinho que pesa no barco, então quando você oferece um negócio desse, falou se dirigindo ao Prefeito Zezinho, pode ser feito em parceria com os próprios donos de barraca de praia, se cotizarem com investimento também da prefeitura e colocar dois barcos e aqui vai ter uma demanda muito grande. Não deixou de falar e mostrar fotos das Caramuanas , que são os arrecifes como um paraíso e o nosso Caribe Baiano e fica bem em frente a Caixa Pregos e termina dizendo que não adianta só dotar de equipamentos e trazer eventos para a Ilha de Itaparica, o que se precisa é qualificar a mão de obra e que o turista náutico e navegador, ele precisa desse tipo de mão de obra especializada: como saber abordar uma pessoa a bordo, que tipo de necessidades tem um velejador, qual o tempo médio que ele permanece, qual o roteiro que ele costuma fazer, que roteiro náutico ele quer fazer, tem várias possibilidades a serem estudadas. Finaliza dizendo que o mercado náutico está aquecido tanto para a compra, como para venda, como para o fenômeno que está acontecendo que se chama charter náutico, a pandemia fez com que as pessoas se utilizassem do charter náutico com aluguel de embarcações, então ele liga e diz que quer sair com a família, acerta o valor x, cada um se cotiza e tem ali sua linha de segurança e de lazer dentro de uma embarcação e esse charter náutico acontece dentro da Baía de Todos os Santos como um todo e a Ilha de Itaparica não pode estar fora disso e ele tem certeza que esse fenômeno do chater, na contramão da pandemia só tende a crescer mais ainda e muita gente está investindo e quem tem barco está colocando e até Jets Sky está sendo colocado para aluguel e agora é só arregaçar as mangas, trabalhar juntos e vibrar positivamente, sempre. Concluiu.

Logo em seguida Samuel, do Grupo Lorentzen, nos conta que é um grupo de origem norueguês e está no Brasil há quase cem anos, onde o Sr. Erling Lorentzen foi um grande navegador e faleceu em 9 de março deste ano, aos 97 anos. Se referiu ao grupo como sempre tiveram uma preocupação enorme com gente e sustentabilidade, bem como em contribuir com as comunidades e o grupo Lorentzen comprou o Mediteranee em 2019, ressaltando que é importante explicar o motivo da venda, essa saída do Mediterrane que é um desafio que eles vão continuar tendo que é um desafio logístico, se referiu ser um destino fantástico, fenomenal e eles não entendem como se tem esse fluxo todo que vai para aquelas regiões de Morro de São Paulo e outros arredores, passa por nossa porta e não para pelo motivo de não termos conteúdo e o Mediterranee quando ele foi comprado pelo grupo Chinês colocou uma planilha e identificou que apesar de ter uma ocupação acima de 60 % em média e quase 100% no verão, já precisando de reforma há mais de 20 anos, mesmo assim mantinha as atividades e o resultado deles era muito interior. Citou Trancoso como exemplo onde se tem uma diária que é mais que o dobro do que eles faturavam aqui, então os Chineses olharam na planilha e falaram corta esse, esse, esse e o Mediterranê, apesar da resistência dos franceses foram colocados a venda e o Grupo Lorentzen comprou, sendo que em 2019 começaram a negociação e compraram em meados de 2020. Logo que o Grupo estava com a posse do Mediterranee, o Grupo fez uma pesquisa de mercado muito apurada e eles não contavam com ponte que na época era uma incerteza grande, apesar de ser menos incerto agora e a pesquisa de mercado indicou que nosso público estava com aquela Ponte do Funil basicamente, e essencialmente eles viram que deveriam viabilizar aquele empreendimento, o acesso pela Ponte do Funil era o suficiente na visão deles e o que viessem de Salvador e do resto do Brasil era bônus. 

Então ele continua sua fala dizendo que essa pesquisa de mercado gerou público, gerou várias demandas, preço, que tipo de produto, que tipo de lazer e entretenimento esse potencial deles iam exigir, então eles contrataram um grupo de arquitetos, três grupos de arquitetos especialistas nessas temáticas específicas, já que é um empreendimento muito grande, onde a área da frente do Mediterranee compreende mais de 500 metros de praia e 320 mil metros quadrados e ainda tem mais 700 mil metros quadrado atrás das praias, ele diz que estão focando agora na área da Costa onde basicamente, ele cita um dos arquitetos como sendo o baiano Sidnei Quintela que coordena todos os outros responsáveis pelas unidades mobiliárias, pelos apartamentos, onde eles vão fazer um retrofit dos apartamentos dos quartos do Mediterranee, que hoje são cerca de 400 e ele vai transformar tudo isso deixando os apartamentos mais com cara de apartamentos e menos com cara de quarto de hotel. Também vão comercializar isso no formato de multipropriedade que é um formato onde você divide em cotas por semana, uma Lei recente da multipropriedade que é uma inovação em termos de democratização se referindo à residência, você compra fracionado tudo, você só paga fracionado, ao invés de você ter a despesa toda, você tem tudo fracionado, condomínio, IPTU, tudo fracionado, é uma maneira para não poderia comprar aquele imóvel sozinho e poder fazer isso de forma compartilhada em um padrão de empreendimento que ele não poderia ter sozinho. Então ele disse que o Grupo Lorentzen tem esse grande foco na democratização de turismo da segunda residência. Da mesma forma, chamaram grupos de arquitetos especialistas em parques, para que se tenham parques temáticos. Finaliza dizendo que chamou esses vários especialistas para que seja administrado em grande estilo e tenha um grande padrão, avisa que na área comercial eles têm um Shopping aberto que vai fazer uma espécie de portal de relacionamento com o restante da Ilha. Finaliza dizendo que começaram com o retrofit, a reforma dos apartamentos do Mediterranee mais o pit club e o Shopping, mas dependendo de como for a evolução da venda dessa primeira etapa eles tem mais duas etapas e pretendem chegar em um projeto de até 10 anos a 1200 apartamentos. Completa que tem aí nesse projeto na ilha com investimento de mais 750 milhões, vão gerar cerca de 5 mil empregos, fora o que vai ser gerado na obra, e essa expectativa é que esse empreendimento traga para a ilha, de três mil e quinhentos a quatro mil turistas por semana, por conta desse modelo da multipropriedade, as cotas são semanais e vai tá girando  para mil a mil e duzentas famílias toda semana e as pessoas compram essas semanas que vão estar sempre ocupadas independente da estação do ano, e finaliza seguindo o DNA como falou do grupo, eles estão extremamente preocupados como já havia citado, com gente, com geração de emprego e renda e estão totalmente engatilhados com ambas as prefeituras, tanto de Itaparica como de Vera Cruz, com a ilha como um todo para fazer a retomada desse destino como prioritário do Brasil e tem certeza que esse empreendimento vai ter um eco muito grande no Brasil inteiro e vai ajudar a gente a ter de volta o prestígio que essa ilha nunca deveria ter perdido. Agradece se colocando à disposição.

Marconi Baraúna deixou Ackermann Leal, o chefe de Gabinete IPAC à vontade, chamou Luzia para que  também, fique a vontade para fazer as perguntas ao público ouvinte e Antônio, morador de Itaparica disse achar que na intenção de fazer e acontecer, o Prefeito Zezinho está tendo uma boa vontade com esse trabalho coletivo, Itaparica/Vera Cruz,e tende a ser importante, mas reforça que a gente precisa ter a noção de espaço, tempo e planejamento. A gente tem que ter ação em curto prazo, o verão está as portas e no pós pandemia e ele percebe que vai ser efervescente, já que essa pandemia começa a se controlar e ele como Itaparicano que mora na localidade não esta vendo planejamento para pós pandemia em curto prazo, e isso é preocupante.

Já Yulo, também morador de Itaparica, achou ótimo toda exploração nas falas de todos, enfatizou o discurso de Marcelo Fróes percebendo que ele é muito apaixonado pelo que faz, como ele também é apaixonado pela área da cultura, sendo produtor artístico e produtor e diretor de teatro, mas ouviu todos e partilhou suas interrogações dizendo existir todo um planejamento e uma ideia de turismo sustentável, ok! Bacana! Vamos trabalhar nessa direção. Frisou. E em cima dessa reflexão ele lança uma pergunta: Até quando esse turismo com esse formato que está sendo apresentado dentro dessa ilha ele vai funcionar? E qual o motivo dessa sua pergunta? Ele continua dizendo que a gente fala da iminência de uma Ponte e uma ponte vai mudar substancialmente a relação que se tem hoje com esse tipo de turismo e ele acha que essa preocupação, esse ativismo que vai acontecer ele tem que ser pensado também, se referindo que nós temos o tempo presente e como é que se movimenta essa roda para se colocar de novo em Itaparica sob o holofote? Fez um breve comentário sobre um programa cultural que ele produziu o FITA e quando eles fizeram esse festival, a ilha pontuava diariamente nas páginas policiais, primeiro com a violência e segundo com o acidente da lancha e que esse evento foi responsável por tirar a ilha das páginas policiais e colocado nos cadernos de cultura, não só da Bahia como do Brasil, como na Folha de São Paulo, os sites da Alemanha vendendo o show de Gal Costa e outras coisas que nunca aconteceram aqui. Yulo se posicionou colocando-se no lugar de Marcelo Fróes se referindo a ficar mendigando nas prefeituras já que elas têm uma visão sobre as coisas e sobre os eventos que precisam acontecer dentro da ilha, acontecer no sentido de englobar uma comunidade, de preparar essa comunidade e fazer com que eles tenham a oportunidade de conhecerem os produtos culturais como cantoras tipo Gal Costa e outros onde as marisqueiras não terão nunca a oportunidade na vida de ver, porque os ingressos para assistir muitos músicos custam muito caro e o FITA, como outros produtos culturais para a comunidade sai gratuito, fora que gera empregos indiretos e isso é turismo de base, é movimentar uma economia. Se referiu que sua fala é de um homem apaixonado pelo que faz e não vê do poder público a continuidade de ações que começaram aqui na Ilha de Itaparica e que é preciso que Zezinho e sua gestão como também a do prefeito Marcus Vinicius, abram o olho para isso porque a continuidade do produto cultural que já existe dentro de Itaparica precisa ser mantida para que essa ilha saia desse ostracismo que se encontra e deixou duas perguntas: Como é que esses gestores vão agir com essa iminência da chegada de uma ponte e quais as políticas culturais que vão ser implantadas aqui. Finalizou.

Aqui termina a primeira parte onde todos os participantes receberam o convite para um delicioso almoço no Restaurante Maria Felipa localizado na parte interna do Grande Hotel Sesc Itaparica.

A seguir traremos a segunda parte com a conclusão e com mais abordagens sobre o que mais ocorreu e o que fazer para trazer turistas para a Ilha de Itaparica com a realização desse 1° Fórum de Turismo de Itaparica .

Por: Sarita Rodrigues

Fontes:  

https://itaparicarevista.com/caboclos-de-itaparica/

http://www.centrodeculturas.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12

 WWW.metro1.com.br

HTTPS://dicionario.priberam.org/pendurar

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O dia do turismo comemorado em 27 de setembro foi marcado com o 1º Fórum de turismo em Itaparica, realizado no Centro de Convenções do Grande Hotel  SESC, com grande participação de representantes do Ministério do Turismo, Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, Câmara de Turismo da Bahia de Todos os Santos (BTS), Prefeito e Vice Prefeito  do Município de Itaparica, Secretaria Municipal de Promoção Social de Vera Cruz, Secretaria  de Turismo de Itaparica, Secretaria de  Comunicação e Marketing da Câmara de Vera Cruz, dentre outras pessoas notáveis, todos com um mesmo propósito, que é trazer o Turismo para a Ilha de Itaparica em um casamento perfeito entre as duas prefeituras, a de Itaparica com o Prefeito Zezinho, que se fez presente,  e a de Vera Cruz, com Débora Maciel, Diretora de Turismo, representando o Prefeito Marcus Vinícius, que não foi possível comparecer. 

Todos foram recepcionados na entrada com seus nomes de inscrição e também acolhidos nos dois acessos do Centro, pelos Guaranis, os Caboclos de Itaparica, uma das grandes referências da Cultura local que você pode ver um pouco de sua história clicando aqui https://itaparicarevista.com/caboclos-de-itaparica/

Empolgação foi o que não faltou de todos os palestrantes, e vamos contar tudo o que ocorreu em duas partes: A primeira com os palestrantes que participaram na parte da manhã, junto com um expressivo número de público participante, embora estejamos em pandemia. E na parte da tarde com o restante dos conferencistas, tendo o Secretário de Comunicação e Marketing da Câmara de Vereadores de Vera Cruz, Marconi Baraúna dando início ao 1º Fórum de Turismo em Itaparica, recitando informações pertinentes  e relativas ao conteúdo de cada palestrante, bem como a apresentação de todos que presidiram a mesa, além de algumas pessoas que participavam em meio ao público presente, dando alguns destaques. 

Na coordenação da mesa estava presente Luzia Brito, Turismóloga, Guia de Turismo, Professora da Formação Técnica Profissional em Turismo e Agência Tribos Marítima Tour e como debatedor: Ackermann Leal, o chefe de Gabinete IPAC.

Aqui em nossa Revista, realçamos algumas falas que vem agregar bastante valor ao 1º Fórum de Turismo de Itaparica dentre elas, inicializando as palestras, Liliane Leite, Diretora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia com o tema: ITAPARICA E CIDADES HISTÓRICAS COMO DESTINOS PATRIMONIAIS, onde destacou os Patrimônios materiais da Ilha de Itaparica, focando em belíssimas edificações, dando ênfase às Ruínas da Igreja do Baiacu localizada em Vera Cruz/BA, mencionando que recentemente uma experiência riquíssima com um casamento na Igreja, sendo filmada com a Orquestra Sinfônica da Bahia, dentro das ruínas, imagine que beleza, dando visibilidade a esse bem. Liliane Leite é de acordo que esses acontecimentos  têm que se jogar o holofote para poder atrair, lançando algumas perguntas para reflexão do que realmente queremos para  esse destino turístico, sendo aqui o primeiro do Brasil:

  • Que música soa positiva ao nosso olhar?
  • Que música a gente quer tocar para vender o patrimônio?
  • Para que público vender?  É para um público com turismo de massa ou mais seletivo que gere mais renda?
  • Como eu vou conduzir?

Porque também a gente tem que ver a capacidade de carga, argumentou. Liliane Leite diz que são vários elementos que se tem estudado para que eles possam está avaliando, especialmente quando se trata de bem cultural, a força e a responsabilidade que todos têm nesse contexto. Ela afirma que dentro dessas reflexões, a ideia são provocações mesmo e que eles realmente ficam  muito à vontade, percebendo o olhar de cada pessoa presente, esse interesse do público, atentas a tudo ao seu redor,  evidenciando que nós nos comunicamos com o corpo também, esse desejo em fazer o que é o certo. Nos trouxe com um bate papo bem descontraído chamando a atenção em tem que se estar sempre atento à questão da economicidade, a responsabilidade dos recursos públicos, um investimento do setor privado, onde temos alguns desafios e nesse sentido ela  faz uma abordagem para provocar a todos os presentes,  sobre a questão da burocracia da máquina do Estado, ela existe, e como a gente pode dialogar para tirar algumas amarras, para avançar?. Não é no sentido de não ter o cuidado, o zelo, permanece o diálogo, evidencia.  Continua sua fala com mais reflexões que ao seu olhar, o que se  precisa é ajustar os diálogos para não demorar tanto, porque às vezes o ritmo da burocracia é diferente do ritmo do setor empresarial que quer investir também, então os dois precisam dialogar, nem tanto e nem tão pouco, o que precisa é da mediação, onde ela acha que é o grande segredo nesse contexto e todos os países que deram certo no sentido de valorização do patrimônio eles geraram Conselhos, Agências, Câmaras que vão discutir exaustivamente outros assuntos para encontrar as melhores soluções. Então o que ela acha é que ainda não sabe qual vai ser a diretriz daqui, especificamente da Ilha de Itaparica, que vai gerar nesse 1º Fórum de Turismo de Itaparica, se colocando à disposição para ate depois, em outra instância, está trazendo alguns modelos de Gestão que são compartilhadas, alguns modelos de agências, citando ter vários e se pode escolher o que mais se adéqua, ou então, do jeito de como ela viu que somos empreendedores “retados” (risos), vão encontrar um modelo bem próximo daqui, que ela acha que é isso que é bacana, essa construção coletiva que é o destaque para aqui. Lilian Leite finaliza sua fala dizendo que eles estão à disposição de todos depois  com alguns instrumentos, alguns modelos, materiais que eles têm, indicações de leituras também, de pesquisas, já que foram feitas aqui neste território onde muita coisa já foi encontrada e que às vezes nem todos tem  o conhecimento disso, não é? Mas que ela sente que todos estão no caminho certo e parabeniza como também agradece o convite de André Reis (Pelô da Bahia) http://www.centrodeculturas.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12 para estar nesse Fórum de Turismo, junto nessa construção coletiva, Luzia Brito também, colocando  a Instituição IDES, que é o Instituto de Desenvolvimento Sustentável à disposição de todos. Presenteou o Prefeito de Itaparica, com um exemplar do Patrimônio Material e outro do Patrimônio Imaterial que são duas coisas complementares explicando que aqui é importante se fazer alguns registros e publicações sobre a história de Itaparica, salientando que tem muito poucas publicações finalizadas em textos e acha importante ter essa agenda intensa durante o dia para aprender muito com todos, enriquecendo muito sua vivência e  agradece a oportunidade com sua participação.

Já Avani Duran, da Câmara Empresarial do Turismo, ficou com o tema: COMO A ILHA DE ITAPARICA CONTRIBUI COM A VISITAÇÃO TURÍSTICA NO BRASIL e iniciou dizendo que Itaparica tem o privilégio de ter uma marca construída de forma centenária. Então, frisa bem, que quando falamos da invasão holandesa, já tivemos oportunidade de estarmos em arquivos em todas as histórias da Europa. Itaparica já figurava como marca. Tivemos outros fatos históricos, mas nos contou que não ia falar da história, apesar de ser historiadora também, mas o momento dela ali era empresarial. Continua dizendo que tivemos outros momentos importantes que nos trouxeram a marca, a marca Itaparica e que foi na nossa grande conquista com os portugueses, no desbravamento naquele momento dos 7 de janeiro de 1823, onde Portugal obrigatoriamente teve que citar Itaparica em tudo o que escreveu. Então Itaparica foi a marca construída, há centenas, ela diz está falando em uma marca centenária, então essa marca, é essa que nos ajuda, é essa que nos acompanha, foi a marca construída, torna a repetir, a partir da história, mas foi a marca conquistada a partir dos empresários que acreditaram no porque que Itaparica aconteceu, ótimo, aconteceu! Os índios moravam aqui? Sim! Mas falamos de quê? Investimento de turismo de como o negócio turístico começou a realmente ser aproveitado e vivido. Em 1973 a sua empresa foi fundada e o visionário, o seu antigo sócio proprietário, resolveu mandar construir umas escunas lá no Rio de Janeiro e trazer para aqui, pronto! Todo mundo achou que era uma loucura. Vai trazer escuna para fazer o quê? Isso foi em 1973, daí começaram os passeios pelas ilhas, ela estava falando de embarcações mais elementares, estava falando dos saveiros deles bem como as suas histórias, é a cultura náutica dessa Baía, ela continua falando dessas embarcações que saiam dali do terminal em frente à Conceição da praia e vinham para Itaparica. Qual era o roteiro? Passavam ao lado para mostrar a Ilha do Medo e depois iam parar na praia de Itaparica. Foram momentos de grande esplendor, confessa. Do glamour dos navios, do veraneio das famílias tradicionais da Bahia, toda nobreza, aquelas pessoas que tinham realmente valores monetários, grandes empresários, era o glamour e isso se multiplicava em Itaparica e olha a marca outra vez, marca na mão de quem poderia multiplicar que é o que nos interessa, nós precisamos ter nossos destinos conhecidos e multiplicado, decreta. Então é a época do veraneio onde aquelas famílias conversavam com seus parentes, divulgavam. Tínhamos aquela beleza dos navios apitando na ponte, realmente um esplendor, Itaparica era o esplendor e isso ficou na memória e essa memória foi a que tem nos dado através dos tempos essa possibilidade de manter Itaparica como um peixinho muito importante. Avisou a todos logo para que ficassem mais felizes, é o tour mais vendido de Salvador, quem vem para a Bahia o tour que é mais comprado é para a Ilha de Itaparica. Ele vem com um programinha vendido de fora, do exterior, lá eles têm um breve tour na Cidade Histórica, mas a preferência é Itaparica. Nós continuamos na preferência sim, Itaparica continua na preferência e o que eles querem é fazer acontecer o aumento dos negócios, o que querem é mais empresário investindo e tendo resultados. É isso que estavam no Fórum para fazer e estão dispostos a fazer, disse que sua atividade é essa, sua atitude é essa como realmente Diretora da Federação do Comércio, então foram seguindo e as coisas foram se aprimorando, as embarcações ficaram mais adequadas para o turismo e mais uma vez continua sendo o tour mais vendido. Continua sim! É uma atividade turística, e que todos nós sabemos. Ela naquele momento também não ia dar aula de turismo, mas só lembrou a todos que eles abraçam 54 atividades, portanto 54 tipos de atividades são beneficiados com o turismo: O rapaz que vende o ticket lá, o outro que vende a lembrancinha, o restaurante, a escuna, o rapaz que toca o samba, toca música dentro da escuna, o marinheiro que tem o seu emprego, não dá pra ficar mencionando cada uma dessas atividades, como ela mesma disse, então é um negócio, o turismo é a segunda atividade do mundo e é no que ela acredita, ela só perde para a América, então não é possível que a gente não tenha essa consciência? Tem! Só que o Brasil não explora e não entendeu, não está com vontade de entender, por quê? Avani Duran citou algumas coisas, uma delas é que não é partidária, mas falou aos senhores presentes  que em sua  vida profissional, desde 1973 que ela só ouve os políticos fazerem um discurso político, mas vontade política, zero. Não tem dinheiro, não sei o quê, e porquê não sei o quê, que vai botar fulano que não sabe nada para poder dirigir o turismo, nunca foi vontade política, quando ela vê alguém que pode agregar valor a esses quesitos, comenta: o senhor me permita querer sentar aqui na mesa querendo dizer que vai fazer alguma coisa ou que quer fazer, isso para nós é de uma importância extrema porque todos são beneficiados, não é empresário só que ganha não, o governo ganha também, ele recebe imposto, então não está fazendo favor a ninguém, o governo está usando o dinheiro que o público paga e está devolvendo com turismo para receber mais pra frente. O nome disso é investimento, não é gastar, gastar a gente tira do bolso e não entra, isso é investimento, e investimento você volta e busca. Então o que é que eles estão fazendo? Aproveitando daqueles que realmente querem entender o turismo como negócio. Ela frisa bem que o empresário precisa do apoio, do incentivo na hora certa, ele não quer pedir dinheiro, o empresário não tem essa forma de viver, ele quer que o negócio dele tenha renda, aconteça. Ele quer oferecer emprego e renda, é isso que o empresário quer e transmitiu com bastante propriedade para todos os presentes neste Fórum. Agora ela vai falar das opções do produto Itaparica. Disse que achou muito interessante todas as falas, mas pensa que os senhores ainda não descobriram é que se tem que trabalhar juntos, e que esses dois municípios, Itaparica e Vera Cruz, já trabalharam juntos, já tiveram permanência, já tiveram sucesso, e ela pode dizer isso a todos com a certeza absoluta, e que de 1983 a 1991 a sua empresa que foi ser pioneira, inovando com o lançamento de um charter na Argentina que tinha um programa que eram sete noites na Bahia, comenta que ela tinha quatro noites em Itaparica, e três em Salvador, se hospedou no Hotel Galeão Sacramento que era dirigido por Wilson Andrade, no Casarão da Ilha e no Hotel Icaraí onde parava o navio. Irani deixa bem claro que os apartamentos eram todos ocupados, e esses hóspedes ficavam na Ilha e não tinha distinção se em Vera Cruz ou Itaparica porque isso não interessava, e o que ela queria dizer com isso é que o empresário quer vender o produto que seja bem aceito e os clientes saíam com uma impressão maravilhosa, nunca tiveram uma queixa, eles ficavam sentados na praia fazendo serestas e achavam isso maravilhoso, não tinha píer não, o marinheiro ficava esperando a maré baixar, todo mundo sentadinho dentro do barco, sem reclamar, achando linda a experiência, dizendo a frase que hoje se usa muito: Que delicia! Nós já oferecíamos experiência há muito tempo, há muito tempo mesmo. Na hora que a maré baixava todos saiam do barquinho com a água no joelho e o marinheiro levava as malas na cabeça e todos iam felizes e satisfeitos. Gente, isso realmente vocês, vocês não, nós, ela se inclui também, nós precisamos só dar força no que a gente já sabe que dá certo, nós já sabemos que dá certo, não tem que fazer experiência mais não, dá certo, deu certo, então viver isso que ela viveu, continua dizendo a todos, que ela é a história viva. Então chama a todos para  dar um empurrão naquilo que dá certo. Itaparica é nome, não adianta. Passamos por várias situações? Sim! Ela acompanhou todas. Tivemos o problema pela especulação imobiliária que degredou a ilha, as saídas dos navios que eram o glamour, que era uma coisa romântica, o Grande Hotel que tinha um Cassino, e vinha gente pra cá do mundo inteiro, alugava escuna, o nome Itaparica, olha a marca outra vez, a marca lá, sendo lida. Falou também da água de Itaparica, da nossa Fonte da Bica que é uma estação de águas minerais, as famílias vinham passar 21 dias aqui, inclusive ela se hospedava na frente da casa do nosso querido professor João Ubaldo, que ficava sentadinho embaixo daquela árvore e que foi outro que também muito nos ajudaram, os artigos de João Ubaldo falava quase que diariamente de Itaparica. Muitos aplausos foram ouvidos após o nome de João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, um grande escritor de Itaparica, ter sido mencionado por ela.

Fechando também sua fala, ela disse que veio para o 1º Fórum de Turismo de Itaparica com o tema que era para falar da história e a marca e mostrou que a marca existiu e existe e se coloca à disposição também, mesmo porque vão ter que colaborar com os empresários, que eles tem acordo com o Banco do Nordeste, acordo com o SEBRAE, com o SENAC  para ajudar a quem precisa e não seria no Fórum que eles iam fechar esse pacto. Conclui dizendo que temos um destino com vários produtos, então Itaparica oferece: praias paradisíacas oferece história, porque ela tem toda sua história para contar, ela oferece também a possibilidade de mergulhos com uma fauna realmente invejável e pediu para terminar sua fala dizendo que o destino Itaparica, oferecem 4 produtos que são do gosto internacional. Parabenizou a equipe organizadora, os empresários que acreditaram antes e durante com essa pandemia sem jamais deixar de trabalhar. 

O manguezal na pessoa de Luizinho, também agradeceu o pioneirismo e não sabia que era o prefeito, só tinha o nome que era Zezinho, mas que já havia conversado com ele antes, na Politur, que foi o primeiro que abraçou a sua ideia, de que chegando ali o passageiro poderia ir para Itaparica, contratando um ônibus e dizendo os lugares que iam percorrer, fazendo essa parceria. Avani Duran também agradeceu a sua empresa e do seu filho, se referindo ao orgulho de ver que o mesmo coloca a sua vida, todo o seu empenho e investimento, sendo que ele reinveste na Ilha de Itaparica, nessas suas embarcações, trabalhando de verão a verão, de dia e no fim da tarde,  acreditando e amando essa ilha e querendo cada vez mais trazer a melhoria do transporte náutico. Esqueceu-se de falar do Mediterrane, mas falou que foi outra entidade que marcou na época citada em sua palestra e parabenizou a esses empresários que estiveram na Ilha de Itaparica, que acreditaram e fizeram acontecer. Itaparica é o primeiro destino, será e sempre vai acontecer, é o tour mais vendido que existe, reafirmou, completando em grande estilo.

Destacamos aqui também o veranista desde os seis anos de idade, Marcelo Fróes,que nos conta que vinha para cá com os pais e o avô, não em Itaparica, mas no Jaburu, em Vera Cruz, onde passou uma infância e adolescência maravilhosa e é algo que leva na memória do coração para toda vida. E voltar ao lugar onde tem registros muitos felizes, é uma honra.  Segue falando que Itaparica também fez parte de sua vida, naquela época era água de cisterna, não tinha água para beber, não havia água encanada, ou se comprava nos burros que vendiam água, ou ia para Itaparica encher os galões na Fonte da Bica, então tudo isso passou a fazer parte da sua vida, de sua memória emocional de uma maneira muito forte e agradece ao convite de Luzia, se sente feliz por ter encontrado a figura André Reis, como se referiu, dizendo que o mesmo tem o toque de Midas, onde esse homem passa, transforma em ouro, também citou o amigo Baraúna, que teve a oportunidade de conversar, falando  do seu PROGRAMA A BORDO, com seus 13 anos levando a Náutica, Turismo e Meio Ambiente para perto de todos, onde nós da Itaparica Revista, disponibilizamos aqui para que vocês conheçam acessando WWW.metro1.com.br , não podendo deixar de informar que Marcelo Fróes declarou que é uma de suas paixões e também que aprendeu a velejar aqui na Ilha de Itaparica, na praia do Duro, Jaburu, dentro daquela cerca de pedra, tinha um monotipo, que mostrou a todos os presentes  em vídeo, e essa coisa da náutica foi muito importante na vida dele, a ponto de se tornar um empresário desse segmento.  Recebeu o convite para palestrar nesse 1º Fórum da Ilha de Itaparica para falar das PERSPECTIVAS DO TURISMO NÁUTICO NA ILHA DE ITAPARICA, se recusando a falar do ano de 2020, pois foi muito ruim para o segmento do turismo, todos sabem disso, mas percebe que 2021 segue fluindo, tanto é que todos estavam reunidos nesse Fórum, e que está acontecendo. Argumentou que sente que em 2022 vai que vai com força, porque nesse segmento do turismo, sobretudo no segmento dele, o náutico, está indo bem, é a impressão que ele tem. Mostrou em vídeo um mapa da Baía de Todos os Santos onde Itaparica se mostra geograficamente bem localizada, não só do ponto de vista frontal, como com uma conexão com os continentes atuais. Pela sua ótica, na perspectiva náutica a Ilha de Itaparica se divide em duas partes, esquecendo essa parte territorial onde 20 % pertencem a Itaparica e os outros 80 % a Vera Cruz, essas duas partes que citou como perspectiva náutica, diz respeito a Itaparica na parte frontal pegando de Itaparica até Caixa Pregos, a parte que vai para Salvador,e a outra é a parte da Contra Costa, que é o inverso, a gente sai de Caixa Pregos percorrendo por trás a ilha até Itaparica. Mostrou que eles dividiram a ilha com parte frontal, já citada e a parte da Contra Costa do ponto de vista da Náutica e diz que o primeiro passo foi dividir essas partes sobre as perspectivas náuticas, e após isso salientou uma ligação muito importante que é o turismo náutico e esporte náutico alegando que a Ilha de Itaparica além de ter uma raríssima beleza natural, ela tem uma vocação também natural para a prática de esportes náuticos e ele acha que com isso os esportes náuticos têm que sempre andar de mãos dadas, uma coisa tem que está atrelada a outra. Itaparica tem características muito específicas quando o assunto é Turismo Náutico e quando é Esporte Náutico. Citou quanta coisa a ilha reúne, quantas qualidades ela tem:

  •  Boa temperatura da água;
  •  Ventos constantes;
  • Excelente visibilidade da água para esportes subaquáticos e
  •  Águas abrigadas

O que ele disse chamar águas abrigadas não é alto mar, não é o litoral norte de Salvador, por exemplo, como ele mesmo diz onde você olha de Itaparica, você vê terra em sua volta, então isso que se chama de águas abrigadas, e complementa que como todos sabem, a Baía de Todos os Santos tem além da Ilha de Itaparica, mais 56 ilhas ao todo e geografia náutica diversa, ou seja, a ilha ela tem, é como se a gente pegasse a Bahia e você tem, por exemplo, uma parte de litoral da Bahia com muito calor e a parte da Chapada Diamantina, então são turismos diferentes, da mesma forma acontece aqui na Ilha de Itaparica, você tem locais específicos para determinadas práticas de esportes náuticos, citou aquela parte de cerca de pedra em Mar Grande como um excelente local para mergulho, sobretudo na parte mais baixa, aquela parte da frente de Itaparica, também é excelente para esportes náuticos de Iatismo, canoagem, stand up e se fosse enumerar levaria tempo, então é muito diversa, a ilha é muito recortada em termo de espaços que podem ser utilizados para cada tipo ou vários tipos de esportes náuticos, além do quê, as praias têm fácil acesso tanto pelo mar como por terra, você pode chegar tanto pela parte frontal, como pela Contra Costa. Então ele conclui que em Itaparica os esportes náuticos são, podem e devem ser praticados. 

Dando continuidade, chegou à parte para falar do Iatismo, mostrou um veleiro do oceano chamado Odara, é um catamarã, tem dois cascos, um dos grandes campeões na Regata da Baía de Todos os Santos, pertencente ao comandante Nelito Tabuada, do Saveiro Clube da Bahia, para que se tenha ideia, todo o barco que chega primeiro em uma regata chama-se “Fita Azul”, e esse barco tem mais de 200 fitas azuis, é uma das grandes referências que se tem aqui em Regatas. 

Continuou mostrando nos slides que há vários tipos de veleiros na Ilha de Itaparica, uns com maior porte e outros menores e temos os logotipos que são os barcos menores: Dingue, Laser, Robiquet, e ele se refere ao Veleiro Laser que é o usado por Robert Scheidt que compete nas olimpíadas e são barcos que chegam e que saem fácil de uma praia. Como ele diz, a pessoa chega com um deles em cima de um carro, em uma carreta e monta ele na beira da praia, então é uma grande possibilidade de fazer vários eventos com esses tipos de embarcação, como também com muitos tipos de barcos e como já havia dito e torna a repetir para que todos compreendam, a ilha é muito recortada em termo de espaços, a parte frontal da Ilha de Itaparica como ele citou como exemplo é ideal para esse tipo de barco, ele vê nesses espaços, o mar menos profundo para se chegar e tem toda aquela cerca de pedra, que dificulta a chegada desses barcos, mas em compensação ele diz que temos a Contra Costa com grande profundidade que contempla esses barcos, tanto é que uma das maiores marinas que a gente tem aqui na Baía de Todos os Santos está em Itaparica e está sendo reformada, duplicada, e é um dos xodós do navegador, tanto de veleiros, como de lanchas e temos agora a Marina de Caixa Pregos que contempla Vera Cruz na outra extremidade que também recebe a chegada de barcos de calado, ele explica para quem não sabe que calado é aquela parte que fica embaixo do barco, você tem uma linha d’água, e dessa linha para baixo se chama calado, então tem barco por aí que precisam de três linhas de calado para não encalhar, então se você tem uma profundidade pequena, os barcos não passam e ficam encalhados, então tem que ter realmente uma profundidade maior. Muito bacana essas explicações. 

Dando continuidade, Marcelo Fróes mostra mais algumas Regatas e que aqui já tivemos competição sul americana ou foi brasileiro de monotipos, não recorda direito, mas que foi avaliada como uma das melhores raias para Regatas no mundo, e levou ao público uma reflexão da importância que é esses tipos de competição e citou uma mensagem do velejador Lars Grael que é um dos melhores velejadores e que sempre os prestigia nas Regatas de Maragogipe, que diz o seguinte: “A Baía de Todos os Santos é um dos melhores locais do mundo para se velejar, se não o melhor”. Isso também deixou claro por causa de todas as características que ele já mencionou tipo as águas abrigadas, temperatura da água, etc, etc, além de uma infinidade de ilhas para serem visitadas. 

Fróes trouxe também para falar sobre duas modalidades que também se encaixa nos monotipos e é de facílimo transporte e pode compreender toda a Ilha de Itaparica com eventos Náuticos que é o Windsurf e o Windfoiling, que tem uma asa embaixo na água e quando pega o vento ele sobe, então ele diminui o atrito, ganha mais velocidade e sobe, e está crescendo muito. Mostrou grandes eventos de Windsurf como o Brasileiro de Windsurf realizado na Ilha de Bom Jesus dos Passos, se referindo ao grande amigo Alexandre Lessa que também é um dos grandes nomes dessa modalidade na Bahia. Em cima desses relatos, ele lança perguntas diante de tudo o que veio discursando:

  • E porque não Itaparica, ou seja, a ilha, não sediar eventos com os monotipos?
  • Não sediar grandes eventos de veleiros de oceano, não só nacional como também realizados e incentivados pelas pratas da casa?

Falou sobre o Saveiro Vela de Içar, afirmando que tem história, foi ele que construiu boa parte do Recôncavo da Bahia, através de materiais de construção, trouxe muito alimento e muito artesanato para atender a Feira de São Joaquim e várias outras localidades. Fez um breve comentário que para que todos tenham ideia, na década de 30, 40 se tinha cerca de 1200 saveiros aqui na Baía de Todos os Santos, hoje, Saveiros de Vela de Içar só tem 15, apenas porque algumas pessoas da Associação Viva Saveiros se cotizaram empresários e bancaram reformas de saveiros que estavam se acabando, pegaram esses saveiros, reformaram e deram de volta aos mestres saveiristas para que fosse possível manter viva a tradição desses saveiros. Citou outro exemplo de Regata de saveiros que é a João das Botas, afirma que já teve mais pujança, já foi uma grande regata, mas conclui que o segmento dos saveiros eles envolvem muito investimentos por parte de mestres saveiristas que muitas vezes tem poucos recursos para investir em embarcações, então há a necessidade de que seja mais convidativa e infelizmente os patrocínios têm sido poucos e não permitem que essas premiações sejam mais convidativas para atrair mais os saveiristas, lamenta, mas diz que com certeza ainda é um dos grandes eventos que a gente tem na Bahia de Todos os Santos e acontece também ali na Praia do Porto da Barra. Daí ele lança novamente a pergunta: É possível a Ilha de Itaparica sediar um evento assim? E ele mesmo responde que é claro que sim e qual o motivo de deixar para Salvador se na ilha tem possibilidade geográfica, cultural e histórica do saveiro para isso? E de uma forma bem descontraída, Marcelo Fróes mostra uma Regata de saveiros Vela de Pena onde ele muda o contorno da vela, e os poucos saveiros que temos tem duas velas, mostrando a quantidade de saveirista que tem competindo para fazer o contrapeso, informando para quem não conhece que é o famoso barandá, e explica que você tem uma corda que prende em uma parte dos equipamentos e você literalmente se pendura para fazer o contrapeso, ou seja, no bom baianês, eu completando essa fala de forma também descontraída e aproveitando para mostrar que baiano, como alguns nativos, falam trocando o pendurar por “empindurar” que quer dizer a mesma coisa que Marcelo Fróes mostrou nos slides, suspender em cima de modo que não toque no chão, que vocês podem saber mais clicando: HTTPS://dicionario.priberam.org/pendurar,  mas dando prosseguimento a fala de Marcelo, tem a profissão mais ingrata de todas que ele se referiu ser a do cunheiro, que é aquele que não vê nada nas competições, é o que fica sempre de cabeça baixa, recebendo esporro (na gíria significa levar bronca): tira a água! Tira a água! Para que tire a água de dentro do barco, chega ao final o mais cansado de todos e é o que menos tem valor, brincou. Mas deu um aviso de quando alguém chamar para uma Regata dessas, você pergunta logo se é para ser cunheiro e vocês já pensam duas vezes (risos), mas diz que tudo é importante e se um cunheiro não fizer o seu trabalho a embarcação vai para o fundo, então cada um tem sua parte e chama a atenção dos senhores Prefeitos de Itaparica e de Vera Cruz esse evento acontece todo ano e eles precisam de apoio deles e que a gente tem que acabar com esse negócio de cunha na mão, os prefeitos tem que enxergar como Avani Duran falou que é investimento, não é uma simples competição não, isso é turismo náutico e vocês não imaginam o quanto isso movimenta de visibilidade, o quanto isso atrai, quando bem vendido, o turista para vivenciar esse tipo de experiência. Você trazer pessoas de fora, do Brasil, até o baiano, para navegar em uma embarcação dessas, pra sentir a cultura do saveiro, isso é importantíssimo, é preciso que vocês enxerguem isso como investimento. Citou o amigo Ricardo, com a Regata de novembro desse ano de 2021 a março de 2022 não teve e não está tendo apoio até agora, fica catando aqui, pegando patrocínio de um e de outro, vamos ser justos, ressaltou, que os comerciantes locais que ajudam porque vários eventos desses acontecem em cada localidade dessas, um em Barra Grande, outros em Caixa Pregos e Jaguaripe e por aí vai, batendo na porta de um e de outro pedindo umas camisas, me dê aqui e aquilo outro, pague aqui um combustível que a gente usa para transportar o barco. 

Aí agora eu mais uma vez interfiro nas alegações do Marcelo e pergunto? Pode isso Produção? Duas Prefeituras que em conjunto tem tudo para trazer de uma vez por todas o Turismo na Ilha de Itaparica, o que falta? 

Mas vamos voltar à fala de Marcelo Fróes que disse que os prefeitos têm que enxergar isso, novamente frisando, como um investimento, como identidade da terra deles, da nossa terra. Além de ter um minuto de silêncio no começo do Fórum, Marcelo Fróes disse não poder falar em saveiro sem deixar de homenagear essa grande figura, o mestre Abelhinha, Edson Saldanha, que conheceu muito bem, foi apresentado por seu pai, e falou que teve muito oportunidade de estar com ele, sobretudo na Regata João das Botas onde ele sempre estava à frente nessa parte técnica, o amigo Milu e tantos outros. Falou de uma coisa bem interessante e que todos sabem que existem várias Associações de Saveiros que tem as fichas, tem que se jogar bem limpo, fulaninho que não fala como o outro que é do partido tal, não sei quem que falou que a vizinha dele é isso, tem isso. Eu volto antes da fala de Marcelo para dizer que são fofocas de bastidores que só atrasam lado, mas Marcelo diz que é preciso deixar isso de lado e focar o que é importante, que é o evento em si e Abelhinha, como ele falou, fazia isso muito bem e tem um orgulho muito grande em ter deixado esse legado, em ter sido considerado um amigo dele. Foi nostálgico, bem merecido por ser Abelhinha uma grande figura inesquecível para todos em toda a Ilha de Itaparica.  Prosseguiu falando das Canoas a Vela que é outra tradicionalíssima competição que acontece muito na Contracosta da Ilha, e fez a pergunta do porque que não acontece na frente da Ilha? Aí explica que geralmente o mar na parte frontal da ilha tem uma certa ondulação, sobretudo oscilações de maré, na Contra Costa não, o vento vira  piscina, então ele fala que isso acontece muito na contra costa, entrando inclusive no rio Paraguaçu, mas tem muita coisa aqui nas ilhas, ressalta, em Matarandiba, Mutá, Jiribatuba, essa região toda é o ponto da galera da canoa que também tem barandá e que também tem cunheiro, esse daí mais que nunca, que se não trabalhar a canoa desce rapidinho, não é? Perguntou.

Marcelo Fróes em toda sua fala fez uma conexão com o esporte náutico fortíssimo com o Turismo náutico, falando também do esporte motonáutica que seria as lanchas, Jet Sky. Deu sugestão de um evento que acontece em Salvador de motonáutica com Jet Sky que na ilha de Itaparica seria fantástico fazer um evento de dar uma volta na ilha, lembrando que quem participa de um evento desses vai procurar onde dormir, se alimentar porque não se dorme em Jet Sky e tem que se ter visão nisso também, ou fazer algo na parte frontal para embarcações menores, ou também fazer na parte da Contra Costa para lanchas também, deu outra ideia de um rali náutico que seria fantástico, mesmo porque diz que mobiliza quem tem alto poder aquisitivo uma vez que um investimento em lanchas é alto, fora a manutenção com combustíveis, etc, e quem tem um barco desse reconhece que tem dinheiro para gastar, para investir, tem dinheiro para parar aqui na Marina de Itaparica ou de Caixa Pregos e passar duas ou três noites, se hospedando, passeando pela região, então ele conclui que é um potencial muito grande. Finalizando sua fala frisou o Jets Salinas que acontece todo ano e lotou a cidade toda com hospedagem e o que acontece se contrata seguranças para tomar conta dos Jets Sky e eles vão fazer os roteiros turísticos, conhecer a cidade e quando tem esse evento, se esgota tudo o que vocês possam imaginar, de bebidas, de comidas, fizemos uma alusão de que essas pessoas desses eventos são uns verdadeiros gafanhotos, mas gafanhotos do bem, no sentido do comércio local. Marcelo Fróes pede que percebam o retorno que o comércio teve com o investimento que de repente a Prefeitura não fez, ou se fez ou fizer, o retorno é certo e não é um investimento muito grande não, é uma estrutura de receptivo com alimentação subsidiada, uma sonorização no palco para a premiação, e por aí vai. Tem muito roteiro para o turismo náutico, como em Mutá, Matarandiba, Catu, sem deixar de falar na Ponte do Funil, sempre observando a altura dos mastros por conta dos gabaritos. Falou também do Kitesurf, sempre no litoral norte, pediu para observarem que temos potencial para tudo isso. Tem também como falou o Stand Up Paddle, surf, mergulho, fazer seminários sobre naufrágios, por exemplo, aconteceu na ilha uma vez só e nunca mais, isso pode atrair muito turistas, segundo seu raciocínio. Outro evento que se pode fazer sempre é a limpeza do fundo do mar, ele diz que foge um pouco do contexto tradicional, mas é importante, pois dá visibilidade, mostrou também outra ideia através do afundamento do ferry boat, Agenor Gordilho que foi programado, lançou a opinião de que na Ilha de Itaparica quem sabe não se pode fazer isso com embarcações menores, e acha que é uma forma de se tá dando uma mexida psicológica de uma embarcação pequena que afundou e virou um recife natural oferecendo mergulhos, isso vale a pena, é o que acha. 

Outra coisa que mencionou são as festas náuticas que já acontece, falou da lavagem da Coroa do Limo, na Ilha de Itaparica mostrando a quantidade de barcos que participam e todo verão acontece isso, imaginando o quanto isso não mobiliza na economia e o quanto a prefeitura poderia apoiar mais ainda um evento desses, para cada ano trazer mais gente e lotar a rede hoteleira daqui, restaurantes e tudo o mais. Deu ênfase a um evento que eles estão lançando que diz respeito às Marinas da Ilha de Itaparica com a ideia de se trazer uma grande quantidade de velejadores para participar desse evento, tanto na Marina de Itaparica quanto na Marina de Vera Cruz, assim que as coisas já estiverem andando. 

Ele falou de Mutá e Jaguaripe, dizendo não pertencer a Itaparica, mas é um ponto de apoio importante que se tem na Contra Costa, citou os atracadouros, não fazem parte, mas é importante, ressaltou. Prosseguiu falando no que se refere às Marinas, tem uma excelente estrutura para receptivo com diversos atrativos, e ambos oferecerão serviços essenciais para o navegador. No quesito Posto de Combustível ele nos conta o quanto um Posto de combustível é importante devido ao turista ficar mais tempo no mar, a autonomia da embarcação dele aumenta e ao invés dele voltar no mesmo dia por não ter combustível, ele fica dois, três dias no mar porque tem onde abastecer e diz que podem ter certeza que Itaparica e Caixa Pregos terá uma procura absurda por causa dessa questão do combustível e com certeza vai ter uma permanência maior do turista fazendo gerar vários pacotes e conclui que a Contra Costa é pouquíssimo explorada. Lembrou-se do pôr do sol em Caixa Pregos, como o de Itaparica também que é referência sendo uma região com muita coisa boa para ser vista e explorada. Se referiu a Praia de Ponta de Areia como sendo uma parada obrigatória do navegador náutico, mas nada é tão bom que não possa ser melhorado e nessa praia aportam escunas, lanchas e veleiros e sempre por lá tem esse movimento. Sugeriu um que se fizesse um diferencial com embarque e desembarque gratuito para essa galera que chega? Ele não sabe qual o investimento, mas pode ser estudado e que a partir do momento em que o turista náutico chega e sabe que ali vai ter um barquinho para levar e trazer para a praia. Acredita que vai chover barco aqui, pois nem todo mundo quer trazer seu caiaque, ou outro meio de transporte marinho que pesa no barco, então quando você oferece um negócio desse, falou se dirigindo ao Prefeito Zezinho, pode ser feito em parceria com os próprios donos de barraca de praia, se cotizarem com investimento também da prefeitura e colocar dois barcos e aqui vai ter uma demanda muito grande. Não deixou de falar e mostrar fotos das Caramuanas , que são os arrecifes como um paraíso e o nosso Caribe Baiano e fica bem em frente a Caixa Pregos e termina dizendo que não adianta só dotar de equipamentos e trazer eventos para a Ilha de Itaparica, o que se precisa é qualificar a mão de obra e que o turista náutico e navegador, ele precisa desse tipo de mão de obra especializada: como saber abordar uma pessoa a bordo, que tipo de necessidades tem um velejador, qual o tempo médio que ele permanece, qual o roteiro que ele costuma fazer, que roteiro náutico ele quer fazer, tem várias possibilidades a serem estudadas. Finaliza dizendo que o mercado náutico está aquecido tanto para a compra, como para venda, como para o fenômeno que está acontecendo que se chama charter náutico, a pandemia fez com que as pessoas se utilizassem do charter náutico com aluguel de embarcações, então ele liga e diz que quer sair com a família, acerta o valor x, cada um se cotiza e tem ali sua linha de segurança e de lazer dentro de uma embarcação e esse charter náutico acontece dentro da Baía de Todos os Santos como um todo e a Ilha de Itaparica não pode estar fora disso e ele tem certeza que esse fenômeno do chater, na contramão da pandemia só tende a crescer mais ainda e muita gente está investindo e quem tem barco está colocando e até Jets Sky está sendo colocado para aluguel e agora é só arregaçar as mangas, trabalhar juntos e vibrar positivamente, sempre. Concluiu.

Logo em seguida Samuel, do Grupo Lorentzen, nos conta que é um grupo de origem norueguês e está no Brasil há quase cem anos, onde o Sr. Erling Lorentzen foi um grande navegador e faleceu em 9 de março deste ano, aos 97 anos. Se referiu ao grupo como sempre tiveram uma preocupação enorme com gente e sustentabilidade, bem como em contribuir com as comunidades e o grupo Lorentzen comprou o Mediteranee em 2019, ressaltando que é importante explicar o motivo da venda, essa saída do Mediterrane que é um desafio que eles vão continuar tendo que é um desafio logístico, se referiu ser um destino fantástico, fenomenal e eles não entendem como se tem esse fluxo todo que vai para aquelas regiões de Morro de São Paulo e outros arredores, passa por nossa porta e não para pelo motivo de não termos conteúdo e o Mediterranee quando ele foi comprado pelo grupo Chinês colocou uma planilha e identificou que apesar de ter uma ocupação acima de 60 % em média e quase 100% no verão, já precisando de reforma há mais de 20 anos, mesmo assim mantinha as atividades e o resultado deles era muito interior. Citou Trancoso como exemplo onde se tem uma diária que é mais que o dobro do que eles faturavam aqui, então os Chineses olharam na planilha e falaram corta esse, esse, esse e o Mediterranê, apesar da resistência dos franceses foram colocados a venda e o Grupo Lorentzen comprou, sendo que em 2019 começaram a negociação e compraram em meados de 2020. Logo que o Grupo estava com a posse do Mediterranee, o Grupo fez uma pesquisa de mercado muito apurada e eles não contavam com ponte que na época era uma incerteza grande, apesar de ser menos incerto agora e a pesquisa de mercado indicou que nosso público estava com aquela Ponte do Funil basicamente, e essencialmente eles viram que deveriam viabilizar aquele empreendimento, o acesso pela Ponte do Funil era o suficiente na visão deles e o que viessem de Salvador e do resto do Brasil era bônus. 

Então ele continua sua fala dizendo que essa pesquisa de mercado gerou público, gerou várias demandas, preço, que tipo de produto, que tipo de lazer e entretenimento esse potencial deles iam exigir, então eles contrataram um grupo de arquitetos, três grupos de arquitetos especialistas nessas temáticas específicas, já que é um empreendimento muito grande, onde a área da frente do Mediterranee compreende mais de 500 metros de praia e 320 mil metros quadrados e ainda tem mais 700 mil metros quadrado atrás das praias, ele diz que estão focando agora na área da Costa onde basicamente, ele cita um dos arquitetos como sendo o baiano Sidnei Quintela que coordena todos os outros responsáveis pelas unidades mobiliárias, pelos apartamentos, onde eles vão fazer um retrofit dos apartamentos dos quartos do Mediterranee, que hoje são cerca de 400 e ele vai transformar tudo isso deixando os apartamentos mais com cara de apartamentos e menos com cara de quarto de hotel. Também vão comercializar isso no formato de multipropriedade que é um formato onde você divide em cotas por semana, uma Lei recente da multipropriedade que é uma inovação em termos de democratização se referindo à residência, você compra fracionado tudo, você só paga fracionado, ao invés de você ter a despesa toda, você tem tudo fracionado, condomínio, IPTU, tudo fracionado, é uma maneira para não poderia comprar aquele imóvel sozinho e poder fazer isso de forma compartilhada em um padrão de empreendimento que ele não poderia ter sozinho. Então ele disse que o Grupo Lorentzen tem esse grande foco na democratização de turismo da segunda residência. Da mesma forma, chamaram grupos de arquitetos especialistas em parques, para que se tenham parques temáticos. Finaliza dizendo que chamou esses vários especialistas para que seja administrado em grande estilo e tenha um grande padrão, avisa que na área comercial eles têm um Shopping aberto que vai fazer uma espécie de portal de relacionamento com o restante da Ilha. Finaliza dizendo que começaram com o retrofit, a reforma dos apartamentos do Mediterranee mais o pit club e o Shopping, mas dependendo de como for a evolução da venda dessa primeira etapa eles tem mais duas etapas e pretendem chegar em um projeto de até 10 anos a 1200 apartamentos. Completa que tem aí nesse projeto na ilha com investimento de mais 750 milhões, vão gerar cerca de 5 mil empregos, fora o que vai ser gerado na obra, e essa expectativa é que esse empreendimento traga para a ilha, de três mil e quinhentos a quatro mil turistas por semana, por conta desse modelo da multipropriedade, as cotas são semanais e vai tá girando  para mil a mil e duzentas famílias toda semana e as pessoas compram essas semanas que vão estar sempre ocupadas independente da estação do ano, e finaliza seguindo o DNA como falou do grupo, eles estão extremamente preocupados como já havia citado, com gente, com geração de emprego e renda e estão totalmente engatilhados com ambas as prefeituras, tanto de Itaparica como de Vera Cruz, com a ilha como um todo para fazer a retomada desse destino como prioritário do Brasil e tem certeza que esse empreendimento vai ter um eco muito grande no Brasil inteiro e vai ajudar a gente a ter de volta o prestígio que essa ilha nunca deveria ter perdido. Agradece se colocando à disposição.

Marconi Baraúna deixou Ackermann Leal, o chefe de Gabinete IPAC à vontade, chamou Luzia para que  também, fique a vontade para fazer as perguntas ao público ouvinte e Antônio, morador de Itaparica disse achar que na intenção de fazer e acontecer, o Prefeito Zezinho está tendo uma boa vontade com esse trabalho coletivo, Itaparica/Vera Cruz,e tende a ser importante, mas reforça que a gente precisa ter a noção de espaço, tempo e planejamento. A gente tem que ter ação em curto prazo, o verão está as portas e no pós pandemia e ele percebe que vai ser efervescente, já que essa pandemia começa a se controlar e ele como Itaparicano que mora na localidade não esta vendo planejamento para pós pandemia em curto prazo, e isso é preocupante.

Já Yulo, também morador de Itaparica, achou ótimo toda exploração nas falas de todos, enfatizou o discurso de Marcelo Fróes percebendo que ele é muito apaixonado pelo que faz, como ele também é apaixonado pela área da cultura, sendo produtor artístico e produtor e diretor de teatro, mas ouviu todos e partilhou suas interrogações dizendo existir todo um planejamento e uma ideia de turismo sustentável, ok! Bacana! Vamos trabalhar nessa direção. Frisou. E em cima dessa reflexão ele lança uma pergunta: Até quando esse turismo com esse formato que está sendo apresentado dentro dessa ilha ele vai funcionar? E qual o motivo dessa sua pergunta? Ele continua dizendo que a gente fala da iminência de uma Ponte e uma ponte vai mudar substancialmente a relação que se tem hoje com esse tipo de turismo e ele acha que essa preocupação, esse ativismo que vai acontecer ele tem que ser pensado também, se referindo que nós temos o tempo presente e como é que se movimenta essa roda para se colocar de novo em Itaparica sob o holofote? Fez um breve comentário sobre um programa cultural que ele produziu o FITA e quando eles fizeram esse festival, a ilha pontuava diariamente nas páginas policiais, primeiro com a violência e segundo com o acidente da lancha e que esse evento foi responsável por tirar a ilha das páginas policiais e colocado nos cadernos de cultura, não só da Bahia como do Brasil, como na Folha de São Paulo, os sites da Alemanha vendendo o show de Gal Costa e outras coisas que nunca aconteceram aqui. Yulo se posicionou colocando-se no lugar de Marcelo Fróes se referindo a ficar mendigando nas prefeituras já que elas têm uma visão sobre as coisas e sobre os eventos que precisam acontecer dentro da ilha, acontecer no sentido de englobar uma comunidade, de preparar essa comunidade e fazer com que eles tenham a oportunidade de conhecerem os produtos culturais como cantoras tipo Gal Costa e outros onde as marisqueiras não terão nunca a oportunidade na vida de ver, porque os ingressos para assistir muitos músicos custam muito caro e o FITA, como outros produtos culturais para a comunidade sai gratuito, fora que gera empregos indiretos e isso é turismo de base, é movimentar uma economia. Se referiu que sua fala é de um homem apaixonado pelo que faz e não vê do poder público a continuidade de ações que começaram aqui na Ilha de Itaparica e que é preciso que Zezinho e sua gestão como também a do prefeito Marcus Vinicius, abram o olho para isso porque a continuidade do produto cultural que já existe dentro de Itaparica precisa ser mantida para que essa ilha saia desse ostracismo que se encontra e deixou duas perguntas: Como é que esses gestores vão agir com essa iminência da chegada de uma ponte e quais as políticas culturais que vão ser implantadas aqui. Finalizou.

Aqui termina a primeira parte onde todos os participantes receberam o convite para um delicioso almoço no Restaurante Maria Felipa localizado na parte interna do Grande Hotel Sesc Itaparica.

A seguir traremos a segunda parte com a conclusão e com mais abordagens sobre o que mais ocorreu e o que fazer para trazer turistas para a Ilha de Itaparica com a realização desse 1° Fórum de Turismo de Itaparica .

Por: Sarita Rodrigues

Fontes:  

http://www.centrodeculturas.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12

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