“Quem tem fé, vai a pé”. Esse é um provérbio português que retrata perfeitamente para quem anda de Mar Grande até o Baiacu. São cerca de 16 km andando, rindo, se divertindo, alguns com camisas padronizadas e outros muito à vontade em trajes leves para aguentar as três horas e meia de caminhada. Muito líquido é consumido, desde água, sucos, energéticos, cervejas e outras bebidas que alguns levam, ou compram ao longo do percurso.
Cristina dos Anjos, moradora da Ilhota, em Vera Cruz/Ba, diz que já é tradição essas caminhadas, que vão seguindo seu curso, passando de geração para geração e sempre que ela pode, participa andando junto com alguns familiares e amigos. Também faz amigos nos decorrer da trajetória, é o que nos conta. O melhor de tudo, segundo ela, é assistir a missa que esse ano foi presidida pelo Cardeal, com a participação do arcebispo Dom Sérgio da Rocha, o padre Arenilson Vilarindo de Souza, outros presbíteros, diáconos e muitos fiéis, sentados em cadeiras ou espalhados pelos arredores das ruínas, com cânticos e rezas, mostrando toda devoção de um bom rebanho.
Já Dorinha, como é bastante conhecida em Vera Cruz, disse que em pesquisas por ser professora da rede municipal, descobriu que a origem do nome dessa localidade, Baiacu, vem do Tupi, antigo Baiaku ou Maiacu, que em tem em seu significado como coisa quente, venenosa, por causa do seu fel, seu amargor. E esse peixe ainda fica todo inchado quando se sente ameaçado. E fomos atrás de escritas sobre esse famoso peixe, onde você pode saber mais clicando no link: http://www.oceaninspiration.net/baiacu/
Muita folia se pode ver ao longo da estrada do Baiacu nesse dia dedicado ao seu padroeiro com essa festa, e é um dia onde se pode rever amigos, encontrar muitos políticos, em grupos, ao chegar no centro desta localidade, andando por entre as pessoas que se divertem, descontraídos, como se fosse ano eleitoral. É uma festa de grande importância, não só para os moradores do Baiacu e Ilha de Itaparica, como também chegam pessoas de outras localidades. Nesta data, 14 de setembro, se pode ver por lá shows, muitos bares com serestas, comidas típicas da região, como outras iguarias, cavalgada e o povo hospitaleiro recebendo.
Vanilda Gomes é moradora de Salvador, do bairro do Bonfim, ela já participa da festa há mais de 20 anos, participando tanto da parte religiosa, como da profana e disse ser bem parecida com a festa em Salvador, localizada no bairro onde mora, que é a Lavagem do Bonfim, festejada sempre na segunda quinta feira de janeiro, não tendo data certa, como a do Festa do Baiacu que é fixa, sempre no dia 14 de setembro, caindo em qualquer dia da semana . E esse ano ela achou diferente a maneira como foi realizada a missa, que só poderia entrar nas ruínas com máscaras, e um senhor estava no início, antes de adentrar no patrimônio destruído pelo tempo, a Igreja Nosso Senhor da Vera Cruz, aplicando álcool gel em todos, por conta da pandemia do coronavírus Sars Cov-2, a Covid 19.
Esse ano o que foi notado por uma boa parte que está sempre atenta a todos os anos que participam da festa, é que os moradores continuam hospitaleiros, recebendo familiares e amigos, muitos só se vê de ano em ano e ainda pior, com a Covid 19, que restringiu e distanciou muita gente. E agora que teve uma diminuição muito grande no número de casos, não só na Ilha de Itaparica, como no Brasil, a festa foi de muita alegria e devoção.
A Festa de Nosso Senhor de Vera Cruz é celebrada há mais de 450 anos e muito esperada pelos que participam. Saiba mais sobre o Padroeiro da Cidade de Vera Cruz, o Nosso Senhor de Vera Cruz nos links: https://itaparicarevista.com/vera-cruz-e-o-aniversario-natalicio/ e https://itaparicrevista.com/news/a-ilha-de-itaparica/
Por : Sarita Rodrigues
Créditos do vídeo: Cristina do Anjos
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FONTE: https://www.oceaninspiration.net/baiacu/