Por Paula Augot
Última atualização 6 agosto, 2019
Em meio a Baía de todos os Santos e a pouca distância de Salvador, capital baiana, encontra-se a Ilha de Itaparica, um paraíso idílico de quase 240 quilômetros quadrados que é, digamos, mencionada por muitos como o “Caribe baiano”.
A Ilha de Itaparica é o Caribe de Salvador. Praias de águas transparentes e em tons azulados, e tranquilas fazem da Ilha de Itaparica um dos principais lugares de veraneio dos baianos.
Considerada a mais famosa ilha da região, Itaparica possui dois municípios: Vera Cruz e Itaparica. O seu nome tem origem no tupi e significa “cerca de pedras”. E a ilha faz jus ao nome, pois ela é cercada por uma barreira de recife.
A Ilha de Itaparica é a maior ilha marítima do Brasil, e é constituída de dois municípios : De um lado está Itaparica, e do outro lado Vera Cruz. Ambas com praias lindas, casinhas antigas com clima do interior. Nem parece que estamos a apenas 15 km de Salvador
Além disso, ela possui uma vegetação tropical vasta e detém o importante título de patrimônio cultural e natural devido as suas riquezas naturais.
Essa paisagem encanta a todos os visitantes tanto pela beleza quanto pela riqueza histórica, que ora não sabe se olham para a própria ilha ou decidem observar as luzes da Cidade Alta de Salvador em meio ao oceano.
Então se você já ouviu falar e tem vontade de conhecer a Ilha de Itaparica continue comigo, pois a partir do próximo tópico irei te apresentar os principais atrativos turísticos deste lugar incrivelmente maravilhoso. Confira!
Na própria cidade de Itaparica você encontra um centro histórico que foi tombado primeiramente como o Centro Histórico de Salvador em 1980. O local preserva construções que foram erguidas entre os séculos XVII e XVIII, cujas casas antigas são, em grande parte, no estilo Neoclássico.
Além disso, compõem parte do conjunto histórico a Igreja do Santíssimo Sacramento (também conhecida como Igreja Matriz), a Igreja de São Lourenço, o Casarão Tenente João das Botas (que foi um combatente na guerra de independência de Itaparica), o Casarão Solar Del Rei e a fortaleza de São Lourenço, que foi erguida pelos portugueses e acabou sendo tomada pelos holandeses.
E é neste local, localizado em frente ao forte, que antigamente se praticava o comércio de baleias durante o século XVII como principal economia da época.
No centro você ainda encontra a casa de um dos maiores escritores brasileiros: João Ubaldo Ribeiro. Já a Praça da Quitanda lhe serviu de inspiração para que escrevesse os seus livros. O local fica a 10 quilômetros no sentido Nazaré das Farinhas.
É uma fortaleza do século 17, construída para tentar deter as invasões holandesas. Mais de um século depois, foi a vez do forte servir de palco para a Independência da Bahia.
Hoje o forte serve com um memorial da Independência da Bahia, foi inaugurado esse ano e está aberto a visitação gratuitamente.
Trata-se de uma área de proteção ambiental da Mata Atlântica. O nome da reserva é uma referência a um antigo morador chamado Venceslau que era cego e conseguiu voltar a enxergar após tomar banho nas águas da reserva.
Venceslau acabou se tornando um dos maiores defensores do lugar, além de ser morador. Ele morreu por volta da década de 1960. Ainda vivem na região os seus familiares.
Para quem gosta de fazer trilha a reserva é um lugar ideal. Nela você pode conhecer a Fonte dos Milagres que foi utilizada por Venceslau, visitar a casa em que ele morou e ainda conhecer a capela de Nossa Senhora do Amparo.
A reserva fica a cerca de 1,5 km da estação do Ferry-boat, próximo ao Porto dos Santos.
A fonte é considerada a primeira instância mineral do Brasil e foi bastante utilizada durante os anos de 1940, como forma de incentivo ao turismo. Muitos acreditam que a sua água é excelente para os rins, e os moradores afirmam categoricamente que as substâncias minerais existentes nela ajudam as pessoas a recuperarem a saúde.
A água possui propriedade medicinal diurética e os nativos afirmam que a fonte é rejuvenescedora. Por isso há um famoso ditado utilizado na região que é “água fina faz velha virar menina”.
De todo modo, a água da fonte gera cerca de 24.000 litros por dia. E o seu nome nasceu porque o fluxo de água descia pelo bambuzal.
É uma comunidade quilombola que fica a uns 2 km do centro da cidade e que pode ser visitada por turistas, pois o local oferece um turismo de base comunitária.
Lá você pode fazer passeios pelo manguezal com as marisqueiras da região, aprender a arte da pesca e degustar suas iguarias únicas.
Além disso, poderá realizar o famoso banho de lama. Entretanto, é necessário entrar em contato anteriormente com a Associação de moradores e marisqueiras da comunidade do Mocambo.
Localizado na própria região da Penha, na ilha de Itaparica, o forno era utilizado para a cremação de corpos que eram trazidos por embarcações e que haviam sido vitimados por doenças como a varíola.
Além do forno, na região existe ainda a Igreja Nossa Senhora da Penha, um casarão e uma fornalha de cal. Quando a maré fica baixa é possível se aproximar das ruínas do forno, mas se estiver alta é preciso entrar pelo campo, na direção da Penha.
Talvez você não saiba, mas essa é considerada a terceira igreja que foi construída no Brasil. Ela também é conhecida como a Igreja de nosso Senhor de Vera Cruz. Infelizmente hoje só existem ruínas dela.
Todavia há algo inusitado que chama atenção. É que suas paredes continuam firmes por uma árvore que é conhecida como gameleiras.
A igreja é o mais importante monumento histórico de Vera Cruz, e acabou sendo tragado literalmente pelos troncos e raízes da gigantesca árvore que curiosamente nasceu dentro da edificação.
Nesse estranho processo de simbiose não se sabe mais onde se começa a árvore e onde termina as paredes da edificação da igreja, a qual se mantém em pé devido ao suporte que a árvore lhe oferece.
A igreja (e a árvore) está localizada na Praia de Baiacu que fica aproximadamente a 10 quilômetros da estação de ferry-boat.
Esta é a igreja da padroeira da cidade. Ela foi erguida em 1854 e passou por uma reedificação no ano de 1923. É um santuário pequeno, mas se destaca por ter sido construída em estilo gótico.
A igreja é pequena e simples, porém bela. Está localizada na Praça da Piedade, nas imediações do Forte de São Lourenço.
Diferente da igreja de Nossa Senhora da Piedade, a Igreja de São Lourenço foi erguida no estilo barroco e apresenta uma alvenaria mista de pedra e tijolo. É considerada uma das mais antigas igrejas do Brasil, cuja abertura foi realizada para cultos religiosos no ano de 1610.
Além disso, a sua fachada é caracterizada pela presença de uma torre volumosa com terminação em formato de pirâmide.
Praia bonita é o que não falta na Ilha de Itaparica! Se você perguntar aos frequentadores, cada um tem a sua favorita : De Ponta de Areia a Cacha Pregos, passando por Mar Grande e Tairú, tem praia bonita para todo mundo!
Considerada um verdadeiro recanto, Mar Grande é uma das praias de Itaparica que possui melhor infraestrutura. Ela oferece belas paisagens e tranquilidade.
É bastante apreciada pelos turistas, embora seja mais frequentada por moradores e pescadores. A praia conta com uma boa faixa de areia clara enquanto as águas são esverdeadas e calmas.
Uma das mais movimentadas da região, Aratuba possui um clima agitado e agradável, ao mesmo tempo é boa para se curtir tanto durante o dia quanto ao anoitecer.
Possui uma faixa de areia alaranjada e águas transparentes, o que a faz excelente para o banho e a prática de esportes. Quando a maré está baixa são formadas piscinas naturais em toda a sua extensão.
É considerada uma das praias mais bonitas da Ilha de Itaparica. É bastante procurada pelos jovens, mas é também excelente para as crianças devido a sua tranquilidade. Já disse que Ponta de Areia é minha praia favorita na ilha?
Tanto as suas águas quanto a faixa de areia são claras. Ainda compõem o ambiente grandes coqueiros em seu entorno. A praia conta com boas opções em restaurantes próximos.
É uma praia localizada na ponta da ilha, próxima ao Recôncavo, e é uma das melhores para quem gosta de tomar banho em águas calmas. Suas ondas são poucas e quando ocorre são geralmente baixas, mas nem por isso se deve distrair porque ela apresenta alguma correnteza.
Cacha Pregos é bastante ocupada durante o período do verão. É comum se deparar com a imagem de centenas de guarda-sóis. A praia fica próxima a um condomínio luxuoso.
Em seus quiosques rústicos são oferecidas deliciosas receitas à base de caranguejo que valem a pena conferir. O mar é calmo e cristalino. É um dos locais mais indicados para quem deseja curtir a natureza com tranquilidade.
No geral, quase todos os restaurantes servem comida baiana por lá. Nada mais natural que uma ilha ter quase todos os restaurantes especializados em frutos do mar, não é?
Assim que se atravessa o Oceano Atlântico, seja através de pequenas embarcações ou pelo ferry-boat você logo chega à Praia do Brasileirinho que está localizada em meio a uma reserva de mata.
Nela encontra-se um restaurante que acabou se tornando uma espécie de “parada obrigatória”, pois é comum as embarcações que realizam esse trajeto pela Bahia de Todos os Santos atracarem nesta região.
Em meio a bela natureza, o local possui um toque ecológico e consegue reunir os sabores com a brisa marinha. Vale lembrar que a praia possui uma areia branca e macia, e à vista é incomparável.
O restaurante Manguezal está localizado próximo ao terminal do ferry-boat e a uma distância de aproximadamente 7 km.
Muita gente se hospeda em Salvador, e vai pra Itaparica apenas para passar o dia e voltam no final da tarde. No geral são pousadas e outras hospedagens mais simples, pousadas e casas de família, mas muitas tem vista para o mar.
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A maneira mais comum de ir, é com os ferries que saem do terminal de São Joaquim, e chegam no terminal de Bom Despacho, em Itaparica.
Se você for de carro, agende previamente o bilhete. A travessia nos ferrões fica sempre mais cheia durante os finais de semana, e as filas enormes nos feriados e dias de festa já é uma conhecida de quem vai para Itaparica com frequência.
A travessia dura cerca de uma hora, mas os ferries tem uma estrutura com banheiros, lanchonete e
Além do ferry saindo do terminal de São Joaquim, e chegando em Bom Despacho, tem ainda as lanchas menores (saveiros). Essas lanchas menores saem do Terminal Marítimo, ali atrás do Mercado Modelo.
É bem mais longo o caminho, e só vale a pena se você estiver viajando pelas cidades do interior e for passar por lá.
Saindo de Salvador, fica muito longe ir por terra, já que você precisa passar por Santo Antônio de Jesus, depois Salinas da Margarida e de lá pegar a Ponte do Funil, podendo perder nisso quase metade de um dia. São quase 250 Km indo por terra.
O transporte público na ilha ainda é um tanto deficiente. Há vans e táxis que cortam toda a ilha, mas você nunca sabe muito bem quando passam porquê são aquele esquema de lotação.
Se o seu objetivo for apenas curtir praia, e ficar na praia mais perto de você, então um táxi ou van quando chegar, e depois só andar alguns metros até a praia e está ok. Se você quiser
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Claudinei de Oliveira
Dezembro 16, 2019 at 1:31 pmEstou morando na ilha a 06 meses, e estou apaixonado que lugar maravilhoso
Ilha Itaparica
Dezembro 16, 2019 at 4:53 pmQue bom Claudinei!