Itaparica Bahia – BA

Histórico – IBGE

A região foi primitivamente habitada pelos índios tupinambás. Em 1552, o Governador Geral Tomé de Souza doou Itaparica como sesmaria ao primeiro Conde de Castanheira, doação essa confirmada em 1575, e em 1593. Ao longo do tempo, a sesmaria teve vários donatários. Contudo, em 1763, o governo da metrópole mandou incorporá-la aos bens da Coroa, porém, em face dos protestos levantados por herdeiros, decidiu, em 1788, entregar o morgado itaparicano à Marquesa de Niza. O primeiro núcleo de povoamento foi fundado pelos jesuítas, em 1560, erguendo-se, então, a igreja do Senhor de Vera Crus, elevada à freguesia, em 1563. Em meados do século XVI, introduziu-se, na ilha, a cultura da cana-de-açúcar, a criação de gado bovino, bem como a cultura do trigo. Em vista dos vários ataques de forças estrangeiras, a ilha foi palco de memoráveis combates: em 1587, corsários ingleses; em 1600, 1622 e 1624, incursões holandesas; em 1647, ainda holandeses, para vingar a derrota sofrida em Penedo. Invadiram a ilha e edificaram um forte, onde, mais tarde, construiu-se a Fortaleza de São Lourenço. Durante a Guerra da Independência (1822-1823), Itaparica conheceu fatos relevantes, em que se destacaram grandes chefes militares e heróis, como João das Botas, comandante das forças navais libertadoras. Durante a Sabinada (1837-1838), Itaparica foi, por algumas semanas, sede provisória do Governo da Bahia. Em 1878, inaugurou-se o serviço de navegação a vapor entre o porto da Vila e Salvador, capital da Província da Bahia. Procurada como estação de cura e repouso, a cidade de Itaparica foi oficializada Estância Hidromineral, em dezembro de 1937. Vinte e cinco anos depois, desmembrou-se o território, com a criação do município de Vera Cruz. O topônimo é um vocábulo tupi que significa “cerca feita de pedras”. Os nativos de Itaparica são chamados itaparicanos. Gentílico: itaparicano Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Itaparica, pela resolução de régia de 02-12-1814 e alvará de 19-01-1815, subordinado ao município de São Salvador. Elevado à categoria de vila com a denominação de Itaparica, pelo decreto de 25-10- 1831, desmembrado de São Salvador. Sede na antiga povoação de Itaparica. Constituído de 2 distritos: Itaparica, Santo Amaro do Catu.e Vera Cruz. Instalada em 04-08-1933. Elevado à condição de cidade com a denominação de Itaparica, por ato de 31-10-1890. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 5 distritos: Itaparica, Jaburu, Salinas da Margaridas, Santo Amaro do Catu e Vera Cruz. Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município aparece constituído de 5 distritos: Itaparica, Barra do Gil, Jaburu, Salinas da Margaridas, Santo Amaro do Catu. Não figurando o distrito de Vera Cruz. Pelo decreto estadual nº 8044, de 23-04-1932, é criado o distrito de Encarnação e anexado ao município de Itaparica. Pelo decreto estadual nº 8055, de 12-05-1932, é criado o distrito de Manguinhos e anexado ao município de Itaparica. Pelo decreto estadual nº 8462, de 01-06-1933, é criado o distrito de Santo Antônio dos Navegantes e anexado ao município de Itaparica. Pelo decreto estadual nº 8469, de 02-06-1933, é criado o distrito de Ponta Alegre e anexado ao município de Itaparica. Pelo decreto estadual nº 8647, de 22-09-1933, o distrito de Manguinhos tomou a denominação Amoreiras. Pelo decreto estadual nº 8557, de 24-07-1933, o distrito de Santo Amaro do Catu tomou a denominação de Santo Amaro de Itaparica. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 9 distritos: Itaparica, Amoreira (ex-Manguinhos), Encarnação, Jaburu, Ponta Alegre, Salinas da Margaridas, Santo Amaro de Itaparica (ex-Santo Amaro do Catu), Santo Antônio dos Navegantes, Santo Antônio dos Valasques e Vera Cruz. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 11 distritos: Itaparica, Amoreira, Encarnação, Duro, Jaburu, Penha, Ponta Alegre, Salinas da Margaridas, Santo Amaro de Itaparica (ex-Santo Amaro do Catu), Santo Antônio dos Navegantes, Santo Antônio dos Valasques e Vera Cruz. Pelo decreto estadual nº 11089, de 30-11-1938, o município de Itaparica sofreu as seguintes modificações: o distrito Ponta Alegre tomou a denominação de Cacha Pregos, Santo Amaro de Itaparica a chamar-se São Lourenço, Duro tomou o nome de Mar Grande, Penha teve seu topônimo alterado para Vera Cruz, Salinas da Margarida para simplesmente Salinas e o distrito de Vera Cruz foi extinto. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Itaparica, Cacha Pregos (ex-Ponta Alegre), Mar Grande (ex-Duro), Salinas, São Lourenço (ex-Santo Amaro de Itaparica) e Vera Cruz (ex-Penha). Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 01-06-1944, os distritos de São Lourenço, Salinas e Vera Cruz passaram a chamarse, respectivamente, Jiribatuba, Salinas da Margarida e Vera Cruz de Itaparica. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 6 distritos: Itaparica, Cacha Pregos, Jiribatuba (ex-São Lourenço), Mar Grande, Salinas da Margarida (ex-Salinas), Vera Cruz de Itaparica (ex-Vera Cruz). Assim permanecendo em divisão territorial datada d 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 1755, de 27-07-1962, desmembra do município de Itaparica o distrito de Salinas da Margarida. Elevado á categoria de município. Pela lei estadual nº 1773, de 30-07-1962, desmembra do município de Itaparica os distritos de Vera Cruz, Cacha Pregos, Jiribatuba e Mar Grande (ex-Vera Cruz de Itaparica), para constituir o novo município com a denominação de Vera Cruz (ex-Mar Grande). Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Comentários

  • João Teixeira Borges
    Dezembro 2, 2019 at 9:37 pm

    Muito bom. Gostaria de mais informações

  • Cleber Pinho
    Dezembro 3, 2019 at 10:36 pm

    Coisa linda minha ilha 🤩👏👏👏

Adicione um Comentário