A Ilha de Itaparica tem belas histórias desde sua origem, muitas verdadeiramente incríveis. Uma delas é a Vila do Baiacu, posteriormente chamada de Santa Cruz (PERRONE, 1996, p.27), e foi onde tudo começou, com um povoado fundado pelos jesuítas em 1560, dando início a colonização, doutrinando com os mistérios da fé, com a catequese. 

Os párocos fundaram a Igreja que hoje se encontra em ruínas, mas em uma beleza exuberante, com a natureza  dando um toque mágico, onde uma gameleira (Ficus adhatodifolia), árvore pioneira e rustica, penetrou, com suas raízes salientes e majestosas, se espalhando por toda parte do templo cristão, onde outrora  ocorreu muitos ritos religiosos, dando um toque mágico e bonito de se ver. 

O nome gameleira é originário de sua madeira macia e fácil de trabalhar, muito manuseada para fazer gamelas, ou alguidar, uma vasilha de madeira parecido com uma bacia, confeccionada  por artesãos. E é assim que se encontra hoje a Igreja de Nosso Senhor de Vera Cruz. Reza a lenda que é  a terceira mais antiga da Bahia e a primeira casa de Deus erguida na ilha de Itaparica, atualmente considerada como um verdadeiro santuário. Todos os anos, no dia 14 de setembro, tem festança para o padroeiro do município de Vera Cruz, o Senhor da Vera Cruz, festa religiosa e profana, somente foi impedida essas comemorações rotineiras, em 2020, por conta da pandemia com a Covid19, uma infecção respiratória bem aguda e gravíssima, altamente contagiosa, provocado pelo coronavírus Sars-Cov-2, que já chegou a ceifar a vida de muita gente, não somente na Ilha, como em todo território a nível mundial, e continua assolando.

E a história segue seu curso,  já em 1823, mais precisamente em 7 de janeiro, onde você pode também ficar sabendo um pouco mais da história, clicando aqui https://itaparicarevista.com/news/caboclos-itaparica/ .

Uma batalha de grande importância dava início a libertação da Ilha de Itaparica, esse éden na terra, caminhos de deliciosos balneários e águas medicinais, localizada na Bahia de Todos os Santos, no estado da Bahia, terra da felicidade, região metropolitana de Salvador,  com uma extensão de aproximadamente 239 km², 40 km só de deliciosas praias, pense aí que delicia.

Quem não passou ainda por lá, não sabe os prazeres que essa terra oferece, com energias retificadoras.  Dividida em dois municípios, Vera Cruz, que detém 87% de todo território da ilha  e Itaparica, ligadas a outras cidades por terra, pela Ponte do Funil e por mar, através de embarcações.

Conta-se que em um ato consumado por um exército formado por militares, civis e muitos políticos, participaram também alguns da comunidade, que se uniram em batalhas persistentes por disputas implacáveis, juntando-se as tropas, rumo a independência da Bahia, partindo da premissa hoje conhecida como: “ninguém solta a mão de ninguém”, em grandes atos de resistência, venceram a guerra, e atualmente, após muitas sequências desagradáveis com esses episódios, se encontra em toda a extensão da Ilha de Itaparica, locais onde se proporciona verdadeiros deleitamentos, com visuais benéficos a nossa saúde, com locais para se passar um, dois, três dias, ou as férias inteiras, voltando revigorados, recebendo quem de lá retorna, novo ânimo para as caminhadas e batalhas da vida.

Ubaldo Osório Pimentel ( 1983-1974), avó materno do também escritor brasileiro nascido em Itaparica, João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), nos deixou o livro “A Ilha de Itaparica: História e Tradições”, uma excelente fonte de informação, em primeira mão, sobre a Ilha de Itaparica, muito procurado para quem tem o hábito da leitura e gostaria de saber mais sobre essa cidade encantadora, com toda sua extensão, cercada por água por toda sua periferia, sendo os dois escritores, dentre outros que vamos procurar mais para frente dar ênfase através desse nosso endereço eletrônico, filhos ilustres do município de Itaparica, que nos deixou escritas de qualidades em trabalhos literários.

A Ilha de Itaparica não é só um cenário de belas paisagens voltadas a Baia de Todos os Santos, ela apresenta um ecossistema com maior biodiversidade, com grandes recursos naturais, e foi elevada à categoria de Estância Hidromineral no ano de 1937, sendo a Fonte da Bica, localizada em Itaparica, a única da categoria, localizada a beira-mar.

Além dos arrecifes, que se pode presenciar a formação de piscinas naturais para deleite, com cerca de 15 km de extensão, e pela contra costa da Ilha de Itaparica se pode observar manguezais entre o ‘habitat’ terrestre e marinho, onde poucos órgãos lutam pela preservação das espécies que se encontram por lá, havendo muita caça predatória, principalmente em épocas em que os animais se reproduzem na natureza.

Na Ilha de Itaparica, mais precisamente em Vera Cruz, acontecem fatos atípicos também e não é só de belezas em imagens muitas vezes surreais que se vive por lá. Acontece que algumas pessoas chamam as suas localidades, os seus bairros ou as divisões administrativas deste município, se afastando do normal, quando chamam de ilha. Não é tão incomum assim ver não somente moradores e visitantes, como os próprios nativos chamarem, por exemplo: Ilha de Tairu, Ilha de Barra Grande, Ilha de Aratuba e por aí vai. Os bairros não são denominados ilha, que alguns ainda insistem colocando antes de pronunciar suas localidades, isso é fato.

Se perguntar a um morador onde mora? O certo é falar: – Moro em Tairu e não na Ilha de Tairu, ou na Ilha de Mar Grande. 

Dando um giro pelas redes sociais dá para observar que criam até páginas com o mesmo erro: “Ilha de Taipoca”, e já está na hora de se ligarem no erro para não continuar a criar bairros inexistentes.

E isso é fácil de consertar. Existe uma frase dita por Philipe Khrys, que diz que pessoas perfeitas não tem defeitos, não tem problemas, e não cometem erros. Sabe por quê? Porque não existem pessoas perfeitas. A perfeição não é uma virtude feita para nós, mas sim exclusivamente de Deus.

Então vamos lá nos corrigir e darmos os nomes corretos para cada localidade da querida ilha de Itaparica e conhecer mais cada pedacinho desses lugares que trazem tantos prazeres, deixando grandes recordações, dessa terra dos antigos índios Tupinambás. 

Por: Sarita Rodrigues

FONTES:

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/itaparica/historico

https://ilhaitaparica.com/ruinas-da-igreja-de-nosso-senhor-da-vera-cruz/

https://www.arvores.brasil.nom.br/new/gameleira/index.htm

https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus

https://www.ebiografia.com/joao_ubaldo_ribeiro/

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